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Postado em 15 de maio de 2017 as 08:29:05
A secretária Municipal de Saúde, Ceres Almeida, participou de uma mesa-redonda promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Vitória da Conquista, durante o seminário Violência Obstétrica – Aspectos Técnicos, Éticos e Jurídicos. O evento aconteceu na última sexta-feira, 12, no auditório da OAB, e reuniu advogados, profissionais da saúde e estudantes para discutir, dentro outros assuntos, o atendimento de mulheres vítimas de violência obstétrica, aspectos relacionados à fisiologia básica do parto, atendimento obstétrico, o papel do poder público na formulação e na implementação de políticas públicas.
O enfermeiro sanitarista e apoiador institucional do Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS), Manoel Henrique de Miranda Pereira, foi um dos participantes da discussão. Com uma experiência ampla na organização da Rede Municipal de Saúde de Salvador, ele falou sobre os diversos aspectos do parto e da humanização do atendimento obstétrico. “Nós temos atualmente um modelo de parto tecnocrático”, afirmou Manoel. E completou: “A hospitalização, o excesso de internamentos, salva muitas vidas, mas também mata. Há um exagero de procedimentos desnecessários feitos no Recém Nascido. Além disso, é necessário lembrar que a mulher é o sujeito principal do parto”.
Segundo informações da presidente da Comissão de Direito Médico e Saúde da OAB de Vitória da Conquista, Joana Rocha e Rocha, a realização deste seminário traz à luz um antigo problema. “A violência obstétrica é um problema real e que não está tipificado em códigos como outros tipos de violência. Por isso, há a dificuldade em ser registrada”, afirmou.
A secretária Municipal de Saúde, Ceres Almeida, participou da mesa que teve como tema “O Papel do Poder Público no Enfrentamento Da Violência Obstétrica” e abordou a situação da Rede Municipal de Saúde de Vitória da Saúde. Segundo a secretária, a nova gestão já possui um planejamento e está pondo em prática a reorganização desta rede e uma das mudanças é justamente promover o combate a quaisquer tipos de situação que possam oferecer risco às mulheres gestantes. Sobre o assunto, a secretária afirmou: “Sabemos que dificuldades existem e vão continuar a existir, mas, se pudermos, ao máximo, fazer isso acontecer de alguma outra forma, a gente vai fazer”.