A Prefeitura de Vitória da Conquista está providenciando o transplantio de pelo menos seis árvores que, originalmente, estavam plantadas na parte interna do terreno onde funcionava a antiga sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), no início da avenida Olívia Flores.

No local, atualmente, está em construção um novo empreendimento comercial privado. Por meio de um acordo entre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e a empresa responsável pelo empreendimento, as árvores não serão erradicadas, como geralmente ocorre em situações desse tipo.

Em lugar disso, estão sendo retiradas de lá e replantadas em outras áreas, a fim de garantir que sejam preservadas.

Até o momento, já foram transplantadas três sete-copas, uma espatódia e três angelins. Como parte das técnicas de transplantio, elas foram replantadas em locais próximos aos de onde foram retiradas, como a Avenida Olívia Flores e a Rua Dez de Novembro. “São locais onde temos mais facilidade para irrigá-las. E, para não machucar muito as árvores, elas precisam estar em locais próximos àqueles onde elas estavam, para não mudar tanto as condições climáticas às quais elas já estão adaptadas”, explica a secretária municipal de Meio Ambiente, Ana Cláudia Passos.

O mesmo procedimento ainda será feito com outras plantas: um ipê-amarelo, uma goiabeira e duas palmeiras. O acordo entre a Prefeitura e a empresa prevê ainda que nove árvores da espécie araucária, plantadas na área externa, em frente ao terreno, serão mantidas pelos novos proprietários. “Assim, nós conseguimos salvar tanto as araucárias quanto as árvores de pequeno porte”, registra Ana Cláudia.

Árvores estão em observação

Segundo a secretária, o processo de transplantio é longo e envolve várias etapas, mobilizando uma equipe de pelo menos vinte pessoas. Primeiro, houve a poda das copas das árvores. Em seguida, foi feita a poda da raiz – o que os especialistas chamam de “desmame”.

Finalmente, foi providenciada a transferência para os novos locais de plantio. Assim que foram novamente plantadas, as árvores foram adubadas e irrigadas. E permanecem em observação, já que, como registra Ana Cláudia, nem sempre o transplantio é uma garantia de que a planta vá sobreviver.

“O processo leva meses de cuidado e atenção, para que elas não morram. Fazemos de tudo para que elas se adaptem ao novo solo. Sendo feito o transplantio de maneira correta, nós conseguimos preservar muitas árvores que poderiam ter sido erradicadas”, observa a titular da Semma.