Cultura, Turismo, Esporte e Lazer
Postado em 21 de dezembro de 2014 as 09:20:09
Grupo musical apresentou um show com canções do novo CD, ‘Grão do corpo’, e viu seu público multiplicado em Vitória da Conquista na última apresentação do ano
Assim que as portas do Centro Glauber Rocha – Educação e Cultura se abriram, às 18h do sábado, 20, vários jovens foram chegando ao espaço aos poucos, de forma sutil, com um objetivo muito bem definido: reunir-se para, logo mais, ocupar a área de eventos do espaço e explodir em euforia, assim que Fernando Anitelli e sua trupe subissem ao palco do Natal da Cidade para um dos mais aguardados espetáculos da 18ª edição do evento. Foi o que ocorreu, inevitavelmente, mais uma vez. Tanto O Teatro Mágico quanto o seu público protagonizaram um espetáculo único.
Hortência Brito, 19 anos, estudante de Engenharia Elétrica, quis ver espetáculo. E viu. “É circo, é teatro, é música de qualidade. É por isso que eu gosto”, disse Hortência, para quem a grandiosidade visual do grupo atrai até mesmo pessoas que não conhecem seu repertório, mas se interessam pelo espetáculo circense que a trupe é capaz de oferecer. “Elas vão porque gostam do espetáculo”, resumiu.
‘Paixão louca’ – Não parece ser esse o caso de outra estudante, Évora Gaia Lima, 15. Apesar da pouca idade, ela aprecia O Teatro Mágico há três anos, desde que ouviu, pela primeira vez, uma execução da música “Ana e o mar”. “Depois que ouvi essa primeira, fui pesquisando outras, e aí gostei”, contou a garota. “É uma das minhas bandas preferidas. Das nacionais, é a que eu mais gosto”.
Emilly Tereza Alves, também com 15 anos, amiga de Évora, encontrou na família o respaldo para o gosto pel’O Teatro Mágico. “Desde que eu era mais nova, minha mãe sempre escutou. Fui crescendo, gostando, e então surgiu essa paixão louca por Teatro Mágico”, disse. Questionada sobre quais músicas conhece, ela não deixou dúvidas: “Conheço todas, de cor e salteado”.
‘Ligado ao público’ – O Teatro Mágico existe há onze anos – tempo suficiente para que uma admiradora tão jovem como Emilly considere que sua mãe “sempre escutou” o grupo. E Fernando Anitelli parece ter a explicação para que o grupo tenha consolidado sua presença junto ao público de forma cada vez mais incisiva – afinal, a cada vez que a trupe se apresenta em Vitória da Conquista, o público interessado se amplia. “Não existe uma fórmula, nem uma equação. O que é interessante é a gente estar constantemente ligado ao público, conversando, falando do que se trata, o que está acontecendo, onde a gente está, para onde estamos caminhando. E isso, a gente vai naturalmente acertando, aqui e ali”, disse o líder d’O Teatro Mágico.
‘Música acessível’ – O show apresentado na noite de sábado, último do ano para a trupe, foi um bom termômetro. Predominaram as canções do novo CD, “Grão do corpo”, e, ainda assim, o público acompanhou em êxtase. Além da internet – principal meio com que o grupo se relaciona com seu público, já que é independente e gerencia sua carreira com autonomia –, Anitelli considera fundamental o encontro pessoal com os fãs. E o Natal da Cidade, ao proporcionar isso de forma gratuita, atende a essa necessidade. “É muito importante que a gente tenha projetos dessa maneira, que tornem a música acessível ao público”, afirmou o vocalista.
‘Fabuloso’ – Aliás, Vitória da Conquista, O Teatro Mágico e o Natal da Cidade são velhos conhecidos. Anitelli e seus companheiros já se habituaram a se apresentar no evento natalino da Prefeitura e encontrar, diante do palco, um público ávido por novidades, e cada vez mais numeroso e amplo. “Também participamos no ano retrasado. E ter uma galera dessa qualidade recebendo a gente, é fabuloso”, observou o líder do grupo.