Município ficou em 95º lugar entre os 5.564 pesquisados

O que já não era novidade para os moradores de Vitória da Conquista acaba de se tornar visível também para o restante dos brasileiros. O primeiro Índice das Melhores e Maiores Cidades Brasileiras – BCI 100, elaborado pela Delta Economics & Finance e divulgado pelo site da revista América Economia, insere a maior cidade do sudoeste baiano entre as 100 melhores do país.

O estudo avaliou um conjunto de 77 atributos das 100 maiores cidades brasileiras, distribuídos em dez dimensões: finanças, governança, bem-estar, econômica, segurança, domicílios, saúde, educação, digital e geral. Vitória da Conquista aparece em 95º lugar entre os 5.564 municípios pesquisados pelo estudo.

A seleção das 100 cidades avaliadas pela pesquisa teve como base o ordenamento de acordo com a população residente, levando-se em conta os dados do Censo 2010. Participaram da pesquisa todos os municípios para os quais existem informações socioeconômicas disponíveis em fontes oficiais.

Vale registrar que, segundo registrou o BCI 100, Vitória da Conquista apresenta um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 0,678. A dimensão econômica atingiu 3,93. Saúde chegou a 4,90, e educação, a 2,77. A dimensão governança chegou a um índice de 12,50, principalmente em razão da valorização da participação popular no município – vide o sucesso do Orçamento Participativo, instrumento implementado de forma sempre crescente, desde 1997, por meio do qual a população contribui com as decisões da Prefeitura sobre como e onde aplicar os recursos do município.

Somando-se os índices dessas dimensões aos de todas as outras que foram consideradas pela pesquisa produzida pela Delta Economics & Finance, Vitória da Conquista atingiu um total de 32,87 pontos, o que corresponde a 42,69% da pontuação possível. Isso valeu ao município a colocação entre os 100 melhores municípios do país, numa pesquisa que considerou índices de todas as cidades brasileiras.

Desenvolvimento – Na dimensão econômica, por exemplo, Vitória da Conquista apresentou um índice de 3,93. Apenas para que se tenha uma ideia, o PIB do município mais do que triplicou entre 1999 e 2009: um crescimento estimado em 340%. Atualmente, ocupamos a sexta colocação entre as maiores economias da Bahia.

Esse desenvolvimento econômico pode ser atestado quando se verifica o aumento do número de empregos formais na cidade, nos últimos 10 anos – um fenômeno que acompanhou o que houve no Brasil em âmbito nacional. Em 2003, foram registrados 30.117 empregos formais no município. Em 2012, esse total mais que dobrou, subindo para 64.568.

Investimento consciente – Ao desenvolvimento econômico, o município aliou o desenvolvimento social – ou seja, a melhoria de vida de seus habitantes. Entre 2000 e 2010, houve uma diminuição significativa das famílias em situação de “extrema pobreza” – aquelas que vivem com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70. Em 2000, essas famílias correspondiam a quase 16% da população conquistense. Dez anos depois, esse índice havia caído para 6,7%.

Não houve aí nenhum acaso, mas sim um fenômeno que resultou de investimentos coordenados de maneira consciente. Afinal, os investimentos públicos – aqueles feitos pelo poder público – são os responsáveis por condicionar – ou não – a chegada dos investimentos privados. Essa conjunção de interesses, se bem dosada – como tem sido por aqui, a julgar pelo resultado do BCI 100 – e sob a coordenação do Governo Municipal, leva ao desenvolvimento econômico e social do município.

Fontes de informação – Segundo a América Economia, as informações utilizadas pelo Delta Economics & Finance, para a produção do BCI 100, foram coletadas entre agosto e setembro de 2014, e são provenientes de fontes primárias obtidas da administração pública, bem como de órgãos e instituições governamentais e disponibilizadas pelas seguintes fontes: Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil 2013, uma iniciativa conjunta do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Fundação João Pinheiro (FJP); Ministério das Comunicações, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Ministério da Fazenda, Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), Secretaria-Geral da Presidência da República, Conselho Federal de Medicina e Conselho Federal de Odontologia.