A comitiva de Moçambique veio até Vitória da Conquista para conhecer de perto a experiência de combate à aids no município pela Prefeitura de Vitória da Conquista, por meio do Centro de Apoio e Atenção à Vida Dr. David Capistrano (Caav), que este ano comemora 15 anos de implantação. No fim da manhã dessa segunda-feira, 17, eles conheceram as instalações do serviço.

No período vespertino, a comitiva visitou a Associação Renascer. A Organização Não Governamental desenvolvedesde 2002um trabalho de acolhimento, focado em defender, fortalecer, incentivar, promover e conscientizar as pessoas que vivem com o HIV/aids sobre a importância e a necessidade da prevenção e adesão no controle e enfrentamento da doença.

Maristela Machinni

A Associação Renascer atende mensalmente cerca de 150 pessoas do Sudoeste da Bahia que realizam exames em Vitória da Conquista. “Estamos há 13 anos oferecendo acolhimento afetivo e familiar, trocando experiências com as pessoas que por aqui passam. A gerência da casa, inclusive, é formada por pessoas que vivem com o HIV/aids e por entender a necessidade dessas pessoas temos a preocupação de ajudá-las na adesão à vida”, explicou a coordenadora executiva da Associação Renascer, Maristela Machinni.

Jean Dantas

A visita aos serviços existentes em Vitória da Conquista faz parte do curso prático do “Projecto de Fortalecimento das Capacidades do Núcleo Provincial Combate ao SIDA para Resposta do HIV na Província de Gaza” que a comitiva de Moçambique participa. A parte teórica foi realizada em São Paulo.

“Vitória da Conquista é uma referência, principalmente, na redução da transmissão vertical do HIV/aids de mãe para filho. Isso chamou a nossa atenção para conhecer o modelo de assistência do município e trocar experiências com os profissionais de Moçambique porque nosso intuito é capacitá-los para o trabalho na Província”, disse o diretor do Núcleo de Articulação com a Sociedade Civil de São Paulo, Jean Dantas.

Carla Eulália Chongo

Para a coordenadora da Associação Comunitária Pedalar – Pessoas Vivendo com HIV/aids e Simpatizantes, Carla Eulália Chongo, as visitas foram bastante satisfatória. “Fiquei impressionada com a Renascer. Vi como é possível criar uma sustentabilidade numa organização e vou levar essa experiência interessante comigo. Estou muito alegre com tudo o que vivenciei”, ressaltou.