“Para sermos cidadãos do nosso tempo, temos que nos incluir nas novidades e também possibilitar a um maior número de pessoas esta inclusão”. Vivenciando isso dia a dia na Rede de Atenção e Defesa da Criança e do Adolescente, a coordenadora Sônia Helena Santos tem propriedade no que diz.

O órgão, ligado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, tem um Telecentro que recebe crianças, jovens e adultos, oferecendo acesso livre e gratuito às tecnologias da informação e comunicação, com computadores conectados à internet, e assistência de um monitor.

O Telecentro funciona das 8h às 12h e das 14h às 18h, na sede da Rede de Atenção, localizada na Praça Tancredo Neves, 116, Centro. Num novo espaço, com maior visibilidade, o telecentro comporta dez computadores. “Outra boa notícia é que a rede receberá um ponto de acesso à internet por fibra ótica, do projeto Cidade Digital. Isso vai garantir uma qualidade, uma excelência no acesso”, acrescenta Sônia Santos.

Além do acesso à comunicação e à informação, são realizadas oficinas de informática. O Telecentro serve aos moradores como um espaço de integração, de cultura e lazer. “Eles aprendem nas oficinas e praticam no Telecentro”, declara a coordenadora da Rede de Atenção.

Essas são ferramentas para o exercício da cidadania que várias pessoas têm tido acesso em Vitória da Conquista. Guilherme de Oliveira, 18, morador do Alto Maron é uma dessas. Ele soube do Telecentro através de seus colegas: “Eles falaram que era ótimo para acessar, aí comecei a vir e gostei. Soube das oficinas oferecidas pela rede e me inscrevi em Informática Básica. Vai ser ótimo, estou precisando de um trabalho e já vai ajudar”.

O adolescente João Vitor Passarinho, 14, que também mora no Alto Maron, teve história parecida: amigos que frequentavam o Telecentro indicaram o local para ele. “É bom demais vir aqui e acessar internet de graça. Entro em uma rede social e sites de vídeo e quando a professora pede pesquisa, faço aqui”. A diferença entre Guilherme e João é que o mais jovem já fez a oficina de informática oferecida pela rede: “Deu uma chance para a população, pois não precisa pagar nada. Aprendi produção de texto, baixar vídeos e outras coisas mais”.

Morando no Bela Vista, Ana Paula Freitas, 13, vai sempre ao Telecentro. “Apesar de ser longe, venho sempre andando, mas venho. É bom”. Ela também já frequentou uma oficina, mas não concluiu, “mas este semestre pretendo terminar o Excel”, garantiu a adolescente.

Ericsson Ribeiro, 19, mora mais distante, no Kadija. Ele frequenta o espaço há cerca de um ano: “Passei em frente ao Telecentro quando fui me alistar e desde lá venho aqui. Sempre venho de segunda a sexta ouvir música e escrever ao mesmo tempo. É ótimo”. Ele gosta de fazer pesquisa sobre sua cidade natal: São Paulo.