Saúde
Postado em 17 de outubro de 2019 as 10:15:50
O último levantamento feito pela Secretaria de Saúde, por meio da Coordenação de Vigilância Epidemiológica, mostrou que a taxa de incidência de sífilis congênita caiu para 1,42%, para cada 100 mil habitantes, o que corresponde ao número de quatro casos confirmados até o fim do primeiro semestre em Vitória da Conquista.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Amanda Maria Gomes, esse resultado é muito positivo, se comparado à taxa registrada durante o ano de 2018 que foi de 3,8%. “Nós conseguimos trabalhar alinhados às estratégias do Ministério da Saúde com todas as ferramentas necessárias para mudar esse perfil epidemiológico da sífilis congênita no município. Organizamos toda a rede de Atenção Básica, principalmente capacitando e sensibilizando os profissionais que atuam nas unidades para que pudéssemos garantir o diagnóstico precoce e o tratamento dessas gestantes, sem barreiras no acesso”, explica a coordenadora.
O acompanhamento e tratamento das gestantes diagnosticadas com sífilis são realizados pelas Unidades Básicas de Saúde durante o pré-natal. Após o parto, o hospital faz o encaminhamento da mãe e do bebê para o Centro de Atenção à Vida (CAAV) onde “são realizados exames periódicos e essa criança é acompanhada até um ano e seis meses de idade. Diagnosticamos se a criança adquiriu a sífilis ou não, observando também se ela apresenta algum sinal, sintomas ou má-formação dentro desse período”, esclarece Riviane Santana, coordenadora do Centro de Atenção à Vida (CAAV).
Catiele Sá de Oliveira, mãe do pequeno Henzo Ryan Oliveira, é uma das mães que regularmente leva o seu filho, Henzo Ryan para ser acompanhado pelos profissionais do serviço. “Eu descobri com dois meses de gestação, por meio do teste rápido no posto e depois eles me encaminharam aqui para o CAAV. Depois disso, eu e meu esposo começamos o tratamento tomando as injeções e eu vi que melhorou, só ficou a cicatriz. O pessoal aqui do CAAV é muito acolhedor, porque eu fiquei com medo comecei a pesquisar na internet, mas eles me explicaram que tinha tratamento e que meu filho ficaria bem”, relembra.
Sobre a Sífilis Congênita – Ocorre por conta da disseminação da bactéria Treponema pallidum da gestante infectada não tratada, ou inadequadamente tratada, para o feto, por via placentária. A transmissão pode acontecer em qualquer fase da gestação e é detectada durante o pré-natal por meio do teste rápido feito na unidade de saúde, onde o tratamento é iniciado imediatamente com aplicação da Penicilina.