Na manhã desta quinta-feira (17), o auditório do Centro de Convivência do Idoso ficou repleto de pequenos agricultores de diferentes localidades rurais de Vitória da Conquista que compareceram ao local para conhecer um pouco mais sobre as potencialidades da cultura do umbu gigante. Aproximadamente 70 agricultores participaram do encontro realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (SMDR), que contou com uma palestra, com orientações sobre o plantio e manejo da planta, além da distribuição de mais de 200 mudas.

A prefeita Sheila Lemos esteve no evento e destacou a iniciativa como uma estratégia da gestão para incentivar a liberdade financeira da população do campo. “O que sempre peço à equipe de governo é que a nossa expertise seja repassada para a população. A zona rural precisa muito desse apoio técnico da secretaria para que possa aprender a conviver com os diferentes biomas e com as potencialidades que temos, resultando numa vida confortável a partir da liberdade financeira. Que cada muda recebida dê bons frutos e rentabilidade para vocês”, desejou.

Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Rural, Luís Paulo Sousa, esse é o primeiro evento com essa dimensão para falar sobre o tema. A ideia da SMDR é que outras atividades do mesmo tipo sejam realizadas em outros espaços, a exemplo da própria fazenda experimental de Pedra Mole, distrito de Bate-Pé, onde a Prefeitura cultiva as mudas. “Já está em nossa programação, fazermos encontros como este nos Postos de Atendimento Avançado ao Cidadão de José Gonçalves, Inhobim e Bate-Pé para poder expandir esse conhecimento”, afirmou.

Durante o encontro, foram distribuídas mais de 200 mudas

Potencialidades e preservação – Além do potencial econômico do umbu gigante, que não requer grandes investimentos como outras culturas e pode ser comercializado no mercado local por cerca de R$ 1,00 o fruto, por ser de 3 a 5 vezes maior do que o comum, o engenheiro agrônomo da SMDR, Dilermando Fonseca falou sobre o aspecto ecológico da planta. “O umbuzeiro só ocorre no nordeste brasileiro e é de suma importância que essa espécie seja preservada, até pelo risco de extinção. E uma forma de preservação é o plantio, devolvendo o umbu para o lugar dele”, ressaltou.

Morador do povoado Olho d’Água da Serra, João Vitor Prates tem 20 anos e é estudante de Agropecuária. Em dois hectares e meio da propriedade de sua família, onde são cultivadas goiaba, jabuticaba, abacate e laranja, ele pretende inserir o umbu gigante, definido pelo jovem como uma novidade. “Lá, nós temos o umbu comum. Mas, com o umbu gigante, poderíamos ter uma renda maior e uma maior variedade de produtos, como polpas e doces, além do próprio fruto. Então, vim participar dessa reunião realizada pela Prefeitura para aprender de forma mais eficiente e profissional, como produzir e cultivar essa planta. Por isso, defino esse encontro como muito importantes pra gente”, contou.

João Vitor Prates

Para o agricultor que não pôde participar do encontro, o secretário Luís Paulo lembra que, além das próximas reuniões, a secretaria, localizada na Rua Catão Ferraz, Centro, está à disposição para esclarecer a respeito da cultura do umbu gigante.