Com o avanço da implementação da Lei da Escuta Protegida, que está em fase de consolidação no município de Vitória da Conquista, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes), em articulação com as secretarias de Educação e Saúde, iniciou discussões sobre estratégias de educação permanente sobre a temática dos direitos humanos de crianças e adolescente, com objetivo de fortalecer a integração da rede de proteção do município.

Michael, Gislany, Polimnia e Carla Mascarenhas, da Rede de Atenção e Defesa da Criança e do Adolescente

Segundo o secretário de Desenvolvimento Social, Michael Farias, o objetivo é promover cursos de formação, na modalidade presencial, que possam ter a participação de todos os profissionais que atuam em unidades que a atendam crianças e adolescentes. “Durante a construção dos fluxos e protocolos de atendimento de crianças e adolescentes vitimas ou testemunhas de violência, o Comitê sinalizou a necessidade de promover de forma continua formações para os servidores que atuam na área, não apenas da Semdes, mas principalmente de Saúde e Educação. Por isso, estamos empenhados em atender a esta demanda”, destacou Michael.

Para coordenadora do Programa de Pacificação de Conflitos da Secretaria de Educação e articuladora do Selo Unicef, Polímnia Olinto Cassimiro, a formação será a base para o trabalho que será desenvolvido sobre as diversas violências, principalmente a violência sexual contra crianças e adolescentes. “A gente precisa saber o que a teoria diz respeito sobre este grave problema para que se possa ter uma capacidade de apreender melhor e aplicar no dia-a-dia das escolas. A qualidade do conhecimento tem como consequência a melhora da prática do fazer escolar”, declarou Polímnia.

A formação também será desenvolvida para os profissionais da Saúde. A coordenadora das áreas técnicas de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, Gislany Fontes, acredita que, enquanto profissionais de saúde, é importante entender todas a políticas públicas voltadas para proteção da criança e do adolescente, “infelizmente, o problema da violência existe, e a forma da gente enfrentá-la é qualificando os nossos profissionais para que eles possam assistir a este público de maneira protetiva” ressaltou Gislany.