A quarta noite da programação do Arraiá da Conquista no Centro Cultural Glauber Rocha, nesta sexta-feira (21), teve a presença de pessoas que ainda não tinham ido ao local neste ano, mas resolveram comparecer devido à repercussão do sucesso da noite anterior, quando a Prefeitura teve de fechar os portões por medida de segurança, já que o espaço havia passado de 25 mil pessoas.

Era difícil encontrar alguém sozinho no evento. Predominavam os grupos – ora de amigos, ora de familiares, incluindo crianças. O casal formado pelo eletricista Alberi Lima, 66 anos, e pela vendedora Albelina Alves, 58 anos, resolveu ir ao Glauber Rocha com base nos relatos de conhecidos. “Todo mundo que vem só fala coisas boas. Por isso que a gente está aqui hoje”, disse Albelina.

Albelina Alves e Alberi Lima

No entanto, a própria experiência do casal no evento, em edições anteriores, também contribuiu para o interesse. “Ano passado, nós também viemos e gostamos muito. Isso é uma coisa muito bem organizada. Então, a gente só tem mesmo que dizer coisas boas. Só acontecem coisas boas nesse evento”, relatou a vendedora.

Alberi quis conferir de perto o que motivou a superlotação da noite anterior. “O pessoal comentou que está lotando, né? Que já teve que fechar os portões, que está dando muita gente. Isso é muito importante para nós, aqui na Bahia. E principalmente em Conquista”, disse. “Foi bom demais a Prefeitura fazer esses eventos aí pra nós. Eu achei ótimo”.

Mas, segundo ele, não foram apenas os comentários os responsáveis por atraí-los para o Arraiá da Conquista no Glauber Rocha. “Eu vim pra dançar, porque eu gosto muito de forró e de São João. E pra tomar um quentão, também, que eu adoro”, disse o eletricista, complementando que o casal só não foi antes porque não foi possível. “Já tiveram uns cantores bons no começo, mas não deu pra gente vir, porque eu estava viajando. Mas, hoje, estamos aqui”.

E, para a noite de sábado (22), uma nova visita ao Glauber Rocha já está agendada. “Se Deus quiser, nós estamos aqui amanhã de novo, pra ver Amado Batista. Nós gostamos muito dele. A nossa geração foi criada com Amado Batista”, afirmou Alberi.

João Pedro Rocha, Lara Fábia Ferraz e a filha Heloíse Brianna

‘Eu me senti segura’

A vendedora Lara Fábia Ferraz dos Santos, 23 anos, também ouviu comentários positivos sobre as noites anteriores do Arraiá da Conquista – o que despertou o interesse dela e do marido, João Pedro Rocha, 25 anos. “Disseram pra gente que estava muito bom, muito animado por aqui. Que a segurança estava boa, que tinham dois palcos. Por isso, a gente decidiu vir hoje”, disse Lara Fábia.

O casal aproveitou para levar a filha Heloíse Brianna, de 4 anos. João Pedro achou que o ambiente favorecia a presença de crianças e mulheres grávidas. “Hoje eu achei que seria um dia mais tranquilo. Minha esposa também está grávida e eu achei que seria um dia melhor para trazê-las”, relatou.

“Eu me senti muito segura”, avaliou Lara Fábia. “Achei que a segurança foi reforçada, principalmente para a gente, que está gestante”, avaliou. O casal também já reservou a noite do dia 22 para o Arraiá da Conquista. “Amanhã, eu pretendo vir, também, mas só com a minha esposa. Estamos vindo pra curtir Amado Batista”, confidenciou João Pedro.

Cristine Vieira

‘Eu gosto é de estar aqui’

A professora Cristine Vieira, que vive em Itapetinga, veio a Vitória da Conquista para passar parte do período junino ao lado de parentes que vivem na cidade. E, pelo jeito, vai ficar em terras conquistenses por mais tempo do que previa. “Eu sempre passei metade do São João aqui, e metade em Itapetinga. A previsão, agora, era essa. Mas, de repente, eu posso até ficar mais, porque eu estou gostando muito”, justificou Cristine.

Da noite anterior, ela apreciou especialmente os shows de Rony Barbosa e da banda Forró do Mariá. “Apesar do frio, que é o que eu menos gosto, eu estou gostando e está valendo a pena estar aqui. Muita comida gostosa, muita gente legal, amiga, bacana e divertida”, contou. “Eu danço sozinha ou com alguém, não importa. Eu gosto é de estar aqui. Gosto muito de ouvir essas músicas juninas. Nesse período junino, eu me identifico muito”.

Ester Araújo, com familiares

‘Evento maravilhoso’

Já Ester Araújo, 18 anos, atualmente fazendo cursinho pré-vestibular, voltou ao evento não em razão de comentários, mas motivada pelo que ela própria viu na véspera. E levou com ela a mãe, o pai e um casal de tios.

“Um evento maravilhoso, super organizado e começando no horário correto. Fiquei muito feliz com as atrações”, contou a jovem, que aproveitou, principalmente, o show de Nadson Ferinha. “Curti bastante e comi bastante, também. Tudo maravilhoso”, comemorou.