Na era da informação, estar conectado com as noções básicas de informática é essencial para o desenvolvimento social. Por isso, a Rede de Atenção e Defesa da Criança e do Adolescente e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) aprovaram, com financiamento da Telefónica, o projeto “Ampliando Horizontes – Promover Avanços Sociais pela Inclusão Digital”.

A proposta é promover ações de inclusão digital para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social em Vitória da Conquista. Na manhã desta quinta (8), a coordenação do projeto se reuniu com os instrutores que atuarão no projeto e com representantes das entidades conquistenses que serão beneficiadas com a iniciativa.

Ao todo, oito instituições foram contempladas com equipamentos e/ou instrutores de informática, como: Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Paróquia Nossa Senhora das Graças, Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Projeto Sementes da Autonomia, Programa Conquista Criança, Creche Dinaelza Coqueiro, Lar Santa Catarina de Sena e a Rede de Atenção e Defesa da Criança e do Adolescente.

“Hoje apresentamos as instituições beneficiadas para os instrutores de Informática aprovados em seleção simplificada, que já receberam instruções anteriormente. Além disso, pudemos direcionar esses profissionais pra cada instituição”, explicou Camilla Fischer, coordenadora da Rede.

Entre os presentes, estava Leda Freitas, representante da Apae. Para ela, esta iniciativa é uma oportunidade ímpar de dar oportunidades por meio do conhecimento. “Entendemos que muitas dessas crianças que moram em bairros periféricos e fazem parte de família vulneráveis não têm o acesso à tecnologia, a um computador. Queremos trabalhar sempre o lado positivo dessas ferramentas e acreditamos que os nossos meninos vão aprender mais sobre tecnologia com isso”, apontou Leda, que atualmente preside o Comdica.

Instituições conquistenses receberão aulas de Informática para crianças e adolescentes em vulnerabilidade social

Transformação social – A expectativa também é grande para aqueles que irão atuar diretamente com as crianças. Júlio Andrade, programador, é um dos profissionais aprovados para ser instrutor do projeto. Para ele, será uma experiência gratificante poder ensinar aquilo que a informática tem e contribuir para novos projetos pessoais e profissionais que estão nascendo. “Eu quero que eles tenham essa expectativa que eu tive um dia, de poder transformar a minha realidade através da informática”, contou.

As aulas terão início na próxima segunda (12), nas oito instituições, e terão duração de nove meses. As inscrições acontecem nas próprias entidades e podem ser feitas para crianças e adolescentes entre 11 e 18 anos incompletos, em vulnerabilidade social, matriculados na escola e inscritos em algum serviço socioassistencial.