Notícias
Postado em 17 de janeiro de 2024 as 07:22:56
Ao longo deste mês de janeiro, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), está mobilizada nas ações do Janeiro Roxo, uma campanha de conscientização e combate à hanseníase, trazendo o alerta sobre a doença, os sintomas e o diagnóstico, bem como o tratamento e os estigmas que ainda existem em torno desse tema.
Buscando sensibilizar o olhar do profissional de saúde para a hanseníase, no dia 31 de janeiro, será realizada a capacitação “Vigilância da Hanseníase: Suspeição, diagnóstico e tratamento”, no Auditório Lúcia Maria Dórea, no Complexo de Saúde (Cemae).
O evento é aberto e gratuito, voltado para os profissionais da Atenção Básica, de hospitais e clínicas especializadas, gestores da saúde e estudantes universitários da área. Serão realizadas duas turmas – a primeira, no horário das 8h às 12h e a segunda das 14h às 18h. Não é necessário fazer inscrição para participar.
A palestra será ministrada pela médica dermatologista do Centro de Municipal de Pneumonia e Dermatologia Sanitária (CMPDS), Dra. Crysthiane Valera, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
As ações do Janeiro Roxo e o CMPDS são coordenados pela Vigilância Epidemiológica (Viep).
Sobre a hanseníase – Vitória da Conquista é um município endêmico para a doença. De 2015 a 2023, foram diagnosticados 399 novos casos no município, uma média de 44.33 casos por cada ano. Como doença infectocontagiosa, a vigilância da hanseníase é realizada pela identificação do novo caso e dos seus contatos, pois esses também podem já estar adoecidos.
A hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução crônica (muito longa) causada pelo Mycobacterium leprae, microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. A transmissão acontece pela respiração, por meio de gotículas expelidas pelo nariz ou saliva de uma pessoa doente, sem tratamento, e só vai ocorrer por meio de contato íntimo e prolongado.
Os principais sintomas são o aparecimento de manchas na pele, que podem ser vermelhas, brancas ou amarronzadas, e os pelos dessa região normalmente caem. O diagnóstico é clínico e o tratamento é disponibilizado, gratuitamente e exclusivamente, pelo SUS e o tempo de tratamento varia de seis meses a um ano. Tão logo seja iniciado o tratamento, a doença deixa de ser transmissível. Por isso é importante diagnosticar a doença logo no início.
O CMPDS oferece assistência necessária aos pacientes diagnosticados com hanseníase e funciona de segunda a sexta-feira de 7h às 12h, na Praça João Gonçalves, s/n, Centro, próximo à Prefeitura Municipal.