Janeiro tornou-se o mês de conscientização sobre a Hanseníase. Sempre celebrado no último domingo do mês, o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase traz a cor roxa como símbolo para reforçar o compromisso de controlar a Hanseníase, promover o diagnóstico e o tratamento precoces, além de difundir informações e desfazer preconceitos e o estigma que tanto prejudicam o diagnóstico preventivo da doença. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que o Brasil é o segundo país com maior número de casos diagnosticados de Hanseníase no mundo, atrás apenas da Índia.

Em Vitória da Conquista, a Secretaria Municipal de Saúde, juntamente com o Centro Municipal de Pneumologia e Dermatologia Sanitária, adere à campanha todos os anos, promovendo diversas atividades durante todo o mês. “As ações em 2019 estarão voltadas para a capacitação dos profissionais da Rede de Atenção Básica para o diagnóstico precoce da doença”, explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Amanda Maria Gomes Lima. “Além disso, será realizado o ‘Dia D da Mancha’ no dia 25, na Unidade de Saúde do Bairro Conveima, e ações de educação em saúde nos dias 26 e 27 nas feiras livres do Ceasa e da Patagônia”, completou. Ainda de acordo com Amanda, na ocasião serão feitos testes de glicemia, aferição de pressão e distribuídas informações sobre os sinais e sintomas da Hanseníase, bem como as formas de prevenção, cuidado e tratamento.

Sobre a doença – A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada pelo Bacilo de Hansen e é transmitida pessoa a pessoa, através do contato prolongado com uma pessoa doente e sem tratamento, por gotículas de saliva, contendo o bacilo, que ficam suspensas no ar. Ela pode provocar graves incapacidade físicas se o diagnóstico demorar ou se o tratamento for inadequado.

Os primeiros sinais da doença são manchas esbranquiçadas, róseas ou avermelhadas no corpo. Elas são dormentes e sem sensibilidade ao calor, frio ou toque. Podem aparecer placas, caroços e inchaços. Quando afeta os nervos, pode causar formigamento, sensação de choque e dormência nas mãos e pés, além da perda de força e problemas nos olhos, como ressecamento, sensação de areia, cílios invertidos, úlcera, entre outros.

Segundo a Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), anualmente são registrados cerca de 30 mil casos da doença no Brasil, sendo que os estados das regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste são os que mais registram casos. A Hanseníase tem tratamento e cura. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS variando de 6 meses de tratamento a 12 meses.

O município de Vitória da Conquista é considerado de alta endemicidade para a doença, registrando anualmente cerca de 60 casos novos diagnosticados entre adultos e crianças. Aqui, o atendimento para avaliação de casos suspeitos, acompanhamento e tratamento é realizado pelo Centro Municipal de Pneumologia e Dermatologia Sanitária. O serviço conta com uma equipe de multiprofissional especializada composta por dermatologista, fisioterapeuta, enfermeiros, farmacêutico e assistente social. Está localizado na Praça João Gonçalves, S/N – Centro (ao lado do CAAV) e funciona das 7h às 12h de segunda a sexta-feira.