O número de alunos com necessidades especiais na Rede Municipal de Ensino quase triplicou em quatro anos

Nos últimos quatro anos, Vitória da Conquista viu quase triplicar o número de alunos com deficiência, matriculados na Rede Municipal de Ensino. Em 2009, eles eram 348. Já em 2014, a Secretaria Municipal de Educação fechou o ano contabilizando 1.229 matrículas de estudantes que se encaixam nessa categoria.

O tipo de deficiência predominante é a intelectual, que representa aproximadamente 40% desse público específico. Os 60% restantes se dividem em várias outras modalidades, como surdez, cegueira, baixa visão, deficiências auditiva e física, etc. Os alunos que possuem maior grau de comprometimento motor, em razão de sua deficiência, são atendidos pelos cuidadores, profissionais que têm a missão de acompanhá-los durante todo o tempo em que permanecem no ambiente escolar. Atualmente, a Prefeitura mantém cerca de 40 deles atuando na Rede Municipal, e já estuda formas de ampliar esse número.

É preciso contextualizar para perceber que um aumento tão vultoso, em tão curto espaço de tempo, não ocorreu de forma isolada. Nesse mesmo período, a Prefeitura de Vitória da Conquista intensificou os investimentos na educação especial.

Em meio ao trabalho de renovação da infraestrutura da Rede Municipal, com reformas, ampliações e construções de novas escolas e creches, o ponto em comum entre todas as obras é a adaptação total às normas de acessibilidade. Pisos táteis, corrimões e sanitários adaptados, hoje, são vistos em praticamente todas as unidades de ensino do município.

Os alunos que apresentam algum tipo de deficiência participam das mesmas aulas que os colegas que não possuem. Mas, no turno oposto ao das aulas regulares, eles também dispõem de ambientes nos quais têm acesso ao Atendimento Educacional Especializado (AEE). São as salas de recursos multifuncionais, nas quais há professores qualificados para esse tipo de atendimento, e cuja principal função é subsidiar, técnica e pedagogicamente, a organização dos serviços de atendimento ao aluno com deficiência.

Atualmente, o município possui 12 salas em pleno funcionamento – 11 na zona urbana e uma na zona rural – que, em 2014, atenderam a 214 estudantes. Elas se dividem entre o Tipo 1 e o Tipo 2. Ambas as modalidades possuem o mobiliário necessário para o trabalho com vários tipos de deficiência, mas a de Tipo 2 tem como acréscimo o equipamento específico para alunos cegos e com baixa visão.

Os cuidados se estendem ainda à frota de veículos responsáveis pelo transporte escolar. Nada menos que 16 ônibus estão aptos a transportar estudantes com dificuldades de locomoção. Deles, 13 dispõem de espaço para cadeirantes, e três (um deles na zona rural) possuem um elemento extra: o elevador.

Tais números não são por acaso. Afinal, uma das principais bandeiras levantadas pela Administração Municipal, desde 1997, é a universalização do ensino, de modo a garantir que a inclusão seja de fato uma realidade para toda a população.