Presentes debatem acerca do filme “Nossa Música”, do cineasta francês Jean-Luc Godard

As exibições e comentários dos filmes acontecerão todas as quartas-feiras a partir das 18h30.

Possibilitar às pessoas formas alternativas de ocupação dos espaços públicos da cidade com a exibição de filmes comentados. Esse é um dos objetivos do Cineclube Centro, localizado na Casa Memorial Governador Régis Pacheco.

Criado pela Prefeitura Municipal, a iniciativa teve início nesta quarta-feira (08), com a exibição do filme “Nossa Música”, do cineasta francês Jean-Luc Godard, que em 64 anos de atuação realizou mais de 120 filmes. O cineasta é uma das principais expressões da Nouvelle Vague (ou nova onda), movimento surgido na França dos anos 60 que aproximou o cinema tanto da alta cultura quanto da política.

Este é o primeiro ciclo de filmes do Cineclube Centro, que apresenta um conjunto de mostras sobre os principais diretores da história do cinema. Na ocasião, o gerente de Projetos da Secretaria Municipal de Cultura, George Neri, destacou que a implantação do Cineclube na Casa Régis Pacheco, localizada no Centro, facilita o acesso do público. “É interessante que as pessoas participem desse espaço de reflexões, saiam do lugar comum. Os filmes e discussões incitam o pensamento”, completou.

A participante,Carla Cangana, destaca a importância do evento

Os presentes aprovaram a iniciativa. Para a Auxiliar Administrativa, Carla Gangana, a ideia de ocupar os espaços públicos é positiva. “Achei a proposta bem cultural e uma forma de pensarmos a realidade que vivemos. É importante ocuparmos esses espaços para pensarmos e compartilharmos nossos pensamentos sobre a realidade”.

As exibições e comentários dos filmes acontecerão todas as quartas-feiras a partir das 18h30. Confira os próximos encontros:

15/5 – O DESPREZO (Le Mépris, 1963)
Um produtor, em discordância profunda com a direção de Fritz Lang, pede a Paul que mude o roteiro. Arrogante, brutal e odioso, o produtor se sente atraído por Camille, a mulher de Paul. Camille, decepcionada com a atitude do marido, afasta-se dele.

22/5 – ADEUS À LINGUAGEM (Adie au Language, 2014)
Através de uma narrativa pervertida pela lógica godardiana, a relação entre uma mulher casada e um homem solteiro. Eventualmente, estão no mesmo local que um cão que vagueia e late. A relação avança pelas estações do ano até que se acaba, estragada pelo personagem do marido, ou ex-marido. Outro filme se inicia, mas é o mesmo. E o que era o ladrar de um cão, agora é o choro de um bebê. Como em Nossa Música, o filme também é uma investigação pessoal sobre como fazer cinema. E, embora o título sugira um rompimento com a linguagem, não é bem isto que Godard nos oferece.

29/5 – IMAGEM E PALAVRA (Le Livre d’Image, 2018)
Descrições em excesso podem prejudicar o entendimento de filmes de Jean-Luc Godard. Mas a ideia principal deste filme finalizado ano passado é a violência da história dos séculos XX e XXI, e a ideia de que a civilização pode não ter triunfado.