Para levar água potável para os moradores da zona rural de Vitória da Conquista, de segunda a sexta-feira, dez carros-pipas da Prefeitura percorrem mais de 150 comunidades rurais nos 11 distritos. Cada caminhão transporta dez mil litros de água e cada família das comunidades tem direito a três mil litros de água. Como cada carro-pipa faz, em média, duas viagens por dia, por causa da grande distância da sede à localidade, cerca de quatro milhões de litros de água para beber e cozinhar são entregues por mês pela Prefeitura.

Só em abril, 44 povoados já foram abastecidos, como Velame, Boa Vista, Baixa Grande e Catarina I e II; 12 assentamentos, como Cipó, Lagoa Nova e Cedro; e nove comunidades quilombolas, a exemplo de Cachoeira do Rio Pardo e Corta Lote, segundo Joana Darc Ribeiro, a coordenadora de Abastecimento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (SMDR), responsável pelo serviço.

Além do atendimento de rotina, a Prefeitura já realizou 14 mutirões este ano, atendendo grandes regiões da zona rural, como os povoados de Cachoeira dos Porcos e Rancho Alegre. A equipe atuou ainda no suporte com o carro-pipa a algumas localidades onde a vazão de água dos poços artesianos não tem sido suficiente para abastecer o sistema de água simplificado, como foi o caso do povoado de Abelhas, Matinha e do distrito de Cercadinho.

A água potável dos carros-pipas também chega a dezenas de caixas d’água com capacidade de dez mil litros distribuídas pela Prefeitura. São os chamados chafarizes comunitários, abastecidos periodicamente. “Temos essas caixas implantadas em 13 localidades, a exemplo dos povoados de Roseira, Lagoa Nova, Campo Formoso, Boa Sorte, Barro Vermelho, Olho D’Água dos Carneiros, Salobro e Poço Verde”, diz a coordenadora de Abastecimento da SMDR.

Para garantir o abastecimento, a coordenação atua também em outra frente: na fiscalização dos “ramais” instalados de forma irregular nos sistemas simplificados, os chamados “gatos”. “Esses dias, numa região, três povoados estavam sem água. Quando verificamos, identificamos nove ramais, mas, com apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal, conseguimos resolver a situação”, conta Joanna Darc.

Ela afirma que é muito importante da parceria com a comunidade para o sucesso do trabalho, não apenas denunciando a existência dos ramais, por meio do telefone (77) 3420-7016, mas também para desenvolver outras ações conjuntas como a Prefeitura, como a instalação dos chafarizes comunitários. “Onde temos a comunidade auxiliando a Prefeitura, o trabalho tem dado muito certo. É preciso que todos cuidem da água como um bem maior”, enfatiza.