Prefeitura e Faculdade Santo Agostinho concluem curso de Introdução à Política de Assistência Social
Desenvolvimento Social
Postado em 13 de abril de 2022 as 18:49:15
Depois de um percurso teórico que se estendeu por oito módulos, ao longo de cinco datas diferentes que somaram uma carga total de 40 horas de estudo, 93 cursistas participaram hoje (13), no Planetário Professor Everardo Públio de Castro, no Centro Glauber Rocha, da terceira e última etapa do curso de formação “Introdução à Política de Assistência Social”, oferecido pela Prefeitura de Vitória da Conquista, por meio Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes), em parceria com a Faculdade Santo Agostinho (Fasa),
O curso teve o propósito de oferecer formação continuada aos agentes institucionais que compõem a Rede de Proteção Social do município – além de ocupantes de cargos comissionados, estudantes de Direito da Fasa e trabalhadores de organizações da sociedade civil (OSC). Os participantes receberão certificados emitidos pela Fasa, de acordo com as diretrizes do Ministério da Educação.
Compromisso ético

“Este curso deve ser encarado como um compromisso ético”, disse Michael Farias
Durante o encerramento, em nome da prefeita Sheila Lemos, o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Michael Farias, falou aos participantes que, após o processo de aprendizado em conjunto, cabe a eles porem em prática os conhecimentos que adquiriram nos estudos teóricos. “Fiz questão de vir aqui, pessoalmente, para dizer que hoje se encerra um ciclo conosco, e começa outro para vocês. Existe um processo que é de vocês, e não mais conosco”, afirmou Michael. De acordo com o secretário, o curso “nunca foi encarado como uma obrigação, mas sim como um compromisso ético”.

Gisele Lemos: “Tudo o que nos foi apresentado vai agregar muito ao nosso trabalho”
A ética, foi, por sinal, a maneira como procedeu a mobilizadora social Gisele Lemos, que trabalha no Cras Jardim Valéria desde junho de 2019. Para Gisele, os encontros com os colegas e os ministrantes dos módulos lhe fizeram atentar para certos tipos de enganos que todos cometem, ainda que sem perceber – e, sobretudo, a necessidade de superar esse tipo de erro.
“Às vezes, até mesmo sem querer, a gente tinha meio que um preconceito contra o usuário quando ele chegava até nós com aquela vulnerabilidade. A gente achava que a responsabilidade era diretamente dele. Não entendia que ele estava ali vulnerável, e era apenas como se a sociedade toda o discriminasse. Então, ele era uma vitima na sociedade. E, mesmo estando na política de assistência social e trabalhando diretamente com o usuário, a gente ainda conseguia ter esse preconceito com ele”, relatou a mobilizadora. “Tudo o que nos foi apresentado vai agregar muito ao nosso trabalho”, acrescentou.
Curso foi valioso
Opinião semelhante foi manifestada por Alana Alves, que trabalha no Programa de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho (Acessuas Trabalho) desde fevereiro deste ano. Por ser recém-chegada à Rede de Proteção Social do município, Alana considerou valioso o conteúdo que aprendeu. “Sou nova na assistência social. Então, foi essencial para mim. Ampliou minha visão. Hoje eu compreendo muito mais onde eu estou pisando. Agora, tenho consciência da diferença entre o assistencialismo e a assistência social, o que é o capacitismo, coisas que são práticas erradas e que eu não gostaria de repetir”, contou a servidora.