Nesta semana, o Núcleo Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação (Smed) está promovendo encontros de formação para professores da Educação Infantil. O evento acontece na Biblioteca Municipal José de Sá Nunes, envolvendo educadores que trabalham com alunos de dois a três anos. Já ontem (24/07) e hoje (25/07), as atividades acontecem no Centro de Aperfeiçoamento Profissional (CAP) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), com profissionais que lidam com crianças de quatro a cinco anos.

Na formação realizada na biblioteca, a temática é “Desenho na Infância: arte, registro e escrita do mundo”. Foram abordadas as questões “Arte e desenho: como dialogam?”, “Por que desenho é linguagem?”, “Perspectivas para entender o amadurecimento do desenho” e “Práticas de desenho na rotina da Educação Infantil”.

A coordenadora pedagógica de Educação Infantil da Smed, Júlia Alves, defende que os registros, a exemplo dos desenhos feitos pelos alunos, ajudam a sistematizar o pensamento, e que isso se aplica às crianças bem pequenas. “Ao desenhar, a criança tem a possibilidade de trazer para o papel elementos vistos no mundo e em seu entorno. Nesse sentido, uma das principais funções do desenho, no desenvolvimento infantil, é a possibilidade que oferece de representação da realidade”, argumenta Júlia.

Outro tema abordado foi a maneira como o desenho infantil influenciar no desenvolvimento da escrita. “Seja uma escrita espontânea, como deve acontecer na educação infantil, ou uma escrita convencional, que acontecerá com o amadurecimento da criança nos anos posteriores”, registra a coordenadora pedagógica.

Júlia Alves

Já no encontro promovido na Uesb, houve a continuação do lançamento do programa Compromisso Nacional Criança Alfabetizada – Leitura e Escrita na Educação Infantil (Leei), ocorrido no último dia 16. Desenvolvido pelo Governo Federal, o programa busca garantir a alfabetização de todas as crianças do país até o final do 2º ano do ensino fundamental.

Júlia falou sobre a adesão de Vitória da Conquista ao programa: “Os professores foram cadastrados e selecionados cinco formadores do município. Estamos trabalhando diretamente com os professores da pré-escola, de quatro a cinco anos, com o programa, e enfatizando como trabalhar a leitura e a escrita dentro de um contexto lúdico, observando as possibilidades e as especificidades das crianças”.

A coordenadora enfatizou que o programa vai além de ensinar a criança a ler e a escrever. “A criança lê imagens e interpreta. É isso que nós estamos trabalhando com os professores: que eles possibilitem o acesso das crianças à diversidade cultural e que existe a questão da função social da leitura e da escrita”, disse.