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Postado em 12 de junho de 2018 as 09:10:26

A mesa de abertura contou com a participação dos órgãos realizadores do cursinho
Uma aula inaugural com o professor de Economia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Gildásio Santana, na noite desta segunda-feira (11), marcou o início das atividades do Pré-Vestibular Quilombola, em 2018. O evento, realizado no auditório da Secretaria de Trabalho, Renda e Desenvolvimento Econômico (Semtre), contou com apresentações culturais do grupo de capoeira do Mestre Acordeon e do Brincando de Cordas.
O Pré-Vestibular Quilombola é administrado pela Coordenação de Igualdade Racial, em parceria com a Semtre, a Secretaria Municipal de Educação e o Conselho das Associações Quilombolas do Território do Sudoeste da Bahia.
Representando o prefeito Herzem Gusmão, na oportunidade, o chefe do Gabinete Civil, Marcos Ferreira, enfatizou que esta é uma ferramenta que o Governo Municipal oferece para quem quer se inserir no Ensino Superior. “Por isso, fico muito feliz de participar deste evento, de ver aqui a tradutora de libras (o que significa que temos alunos surdos inscritos no cursinho) e também em saber da premiação que este projeto recebeu da Secretaria Estadual da Igualdade Racial, um reconhecimento pelo trabalho aqui desenvolvido”, ressaltou.

Apresentações culturais e de capoeira marcaram a noite
O cursinho conta com 100 alunos matriculados, sendo 44 oriundos de comunidades quilombolas, distribuídos em duas turmas (uma matutina e outra noturna). “Para nós, é uma grande satisfação este início de aulas, com turmas lotadas e uma lista de espera. Ficamos felizes em saber que os jovens estão buscando uma oportunidade para ingressar na universidade. Agradecemos todo apoio que recebemos do Governo Municipal para a realização do cursinho”, comemorou o coordenador municipal de Igualdade Racial, Beto Gonçalves.
Luciene Bispo dos Santos, representante do Conselho das Associações Quilombolas, lembrou das dificuldades que os jovens, principalmente de comunidades rurais, têm para o acesso à educação. “Antes do cursinho quilombola, a comunidade rural não tinha oportunidade, só quem podia pagar é que tinha direito a entrar na universidade. Hoje, vejo na minha região, estudantes de todas as áreas – medicina, direito… Então, que vocês possam aproveitar esta oportunidade que o cursinho está dando”, orientou Luciene.
Esta oportunidade será muito bem aproveitada por Amanda Damacena, 17 anos, moradora do povoado de São Joaquim de Paulo. Ela já se inscreveu no Enem e espera ser aprovada no curso de Medicina ou Psicologia. “Estou fazendo o terceiro ano durante o dia e à noite estarei aqui no cursinho assistindo aula. Espero que com as aulas eu possa fazer uma prova bem tranquila e conseguir minha aprovação”, contou Amanda.

Amanda está otimista e espera a aprovação no Enem com a ajuda do Pré-Vestibular Quilombola