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Postado em 18 de março de 2014 as 17:45:09
Na noite dessa segunda-feira, 17, no auditório do Núcleo de Educação Permanente, o ex-diretor do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), médico sanitarista e epidemiologista Pedro Chequer proferiu a palestra: “Juntos deteremos a Epidemia de HIV”. Na oportunidade, ele discorreu sobre a situação da epidemia de aids no mundo.
Retornando a Vitória da Conquista após cinco anos, quando esteve na comemoração de 10 anos do serviço e no Congresso Baiano de DST/Aids, Pedro lembrou a importância do Caav para o programa de controle de aids na Bahia e no Brasil. “Este é um serviço que serve de referência para toda Bahia e para Brasil. É uma iniciativa que vem dando certo e que demonstra que, quando há vontade política, é possível combater uma epidemia com da aids”, ressaltou Chequer.
Segundo a Unaids, em 2013, estimava-se que existissem no mundo cerca de 35 milhões de pessoas vivendo com HIV/aids. Neste ano, 9,7 milhões de pessoas tiveram acesso ao tratamento e mais de 1 milhão de pessoas morreram por conta da doença. “São números que demonstram a magnitude da epidemia no mundo e que o Brasil, a partir da década de 90, resolveu impedir que a epidemia tomasse grandes proporções com ações de prevenção como a massificação da distribuição do preservativos”, destacou Chequer.
Para o médico, os desafios no enfrentamento a epidemia são muitos. “É preciso continuar incentivando às pessoas a usarem o preservativo que ainda é a forma mais eficaz de prevenir a contaminação por aids no mundo. Precisamos que sociedade e os governos, independente de crenças religiosas, assumam o compromisso de usar e distribuir o preservativo para o maior número de pessoas possíveis”, finalizou Chequer.
Em vários momentos de sua palestra, o conferencista destacou a importância do Caav e as vitórias alcançadas pelo serviço ao longo destes 15 anos. “Acredito que o Caav seja um dos únicos serviços no Brasil que oferece às pessoas vivendo com HIV/aids assessoria jurídica. E o mais importante ponto a ser lembrado é ter zerado a transmissão vertical da aids, de mãe para filho, desde 2007. O feito é de extrema relevância para o Brasil e o Mundo”, ressaltou Chequer.