As plenárias do OP começam no próximo sábado, 2 de março, no povoado da Roseira

A democracia participativa é marca registrada no Governo Municipal de Vitória da Conquista. Isso ocorre por meio de mecanismos de controle social que asseguram uma gestão pública sempre próxima da população. O Orçamento Participativo (OP), existente há 17 anos no município, representa um dos principais instrumentos que fortalece a atuação da comunidade nas decisões relacionadas ao destino dos recursos públicos.

João Alberto Rodrigues, coordenador do Orçamento Participativo

A cada ano que passa, o OP ganha força e novos integrantes. Eles apresentam suas demandas e anseios durante as plenárias que acontecem nas mais diversas localidades do município. Neste ano, serão realizadas 60 plenárias distribuídas igualitariamente tanto na zona urbana quanto na zona rural. O calendário oficial com todas as datas, locais e horários foi apresentado na manhã deste sábado, 23, no Centro de Convivência do Idoso, durante um encontro que reuniu conselheiros, líderes comunitários, parlamentares e representantes do Governo Municipal.

A primeira plenária do ano será realizada no dia 2 de março, às 15h, no povoado da Roseira. Na zona urbana, elas começarão a partir do dia 5 de março no Bairro Vila América. “Todas essas plenárias já foram previamente discutidas na Executiva do Orçamento Participativo”, informou o coordenador municipal do OP, João Alberto Rodrigues. A Executiva é formada por um grupo que acompanha os trabalhos do dia a dia do Orçamento e decide as ações a serem implementadas junto à coordenação.

Álvaro Moaci, conselheiro e membro da Executiva do OP

No dia 25 de março serão realizadas as plenárias temáticas. Na ocasião, serão discutidos temas relacionados a igualdade racial, juventude, mulheres, movimentos populares e sociais, educação, cultura e saúde. “Com as plenárias, a população acompanha tudo aquilo que é feito pela Administração Pública”, destacou o conselheiro e membro da Executiva, Álvaro Moaci de Oliveira.

Durante a realização das plenárias, a população elege ainda, os delegados que serão responsáveis por apresentar as reivindicações da população durante os Congressos do Orçamento Participativo. Em 2013, o Congresso do OP chega à sua 10ª edição e será realizado no dia 8 de junho.

“Hoje tivemos uma reunião muito participativa e isso é muito importante, pois vimos que o processo para a realização do décimo Congresso já começou bem. Temos muita gente que já demonstrou uma disposição muito grande em ajudar a fazer conjuntamente esse evento”, declarou o secretário municipal de Governo, Edwaldo Alves.

Gestão fortalecida – Há 17 anos Vitória da Conquista é exemplo de cidadania com a criação do Orçamento Participativo. Conforme o prefeito em exercício, Joás Meira, esse mecanismo permite que a população construa aquilo que deseja através de suas próprias escolhas. “Essa é uma marca do Governo Municipal: ouvir a comunidade e procurar atender as prioridades de acordo com o OP”, enfatizou.

Com essa aproximação, os gestores acreditam que, além da comunidade, a Administração Pública também é beneficiada. “Com o Orçamento Participativo os gestores conhecem mais de perto os desejos da população”, reforçou Edwaldo Alves.

Experiência que deu certo – Existente desde 2002, o Conselho do OP também faz parte da política de participação popular implantada pelo Governo Municipal. Ele é responsável por fiscalizar e acompanhar a execução das resoluções do Congresso, além de tomar decisões sobre a execução das obras e inversão de prioridades.

Jaime de Souza, conselheiro do OP

Muitos dos conselheiros de Vitória da Conquista atuam por longa data. Alguns construíram uma história junto com o início do Orçamento Participativo. É o caso do aposentado Jaime de Souza dos Santos morador do povoado de Serra Grande. Ele participa do Conselho do OP desde 1997. “Através do conselho conseguimos muitos benefícios como aguada de grande porte, reforma de escola, posto de saúde e ainda, um poço artesiano, que era uma coisa que a gente sonhava há muito tempo”, contou.

Mesmo depois do passar dos anos, o desejo em contribuir por uma cidade melhor a cada dia ainda é fortalecido. “Participo desde 97 e pretendo participar por muito mais tempo, pois o Orçamento Participativo beneficia muito nossa região. Acho que todos deveriam participar, pois a gente se sente mais cidadão”, concluiu.