Educação
Postado em 23 de novembro de 2013 as 22:08:38
“Ficamos encantados por ver que há um evento de violão clássico, e por isso viemos para cá”, disse casal de holandeses
Morando há cerca de quatro anos no Brasil, os holandeses André de Jager e Esther Schoen tiveram um motivo muito especial para sair de Ilhéus, onde vivem, e vir passar alguns dias em Vitória da Conquista. “Nós tocamos e amamos o violão, e também amamos a música erudita. É muito raro encontrar uma coisa dessas na Bahia. Ficamos encantados por ver que há um evento de violão clássico, e por isso viemos para cá”, disse Esther, após participar, junto com o companheiro, da oficina sobre a produção musical da região, ministrada por Geslaney Brito.
A atividade foi oferecida na manhã deste sábado, 23, no Polo de Educação, como parte da programação do último dia do I Festival Internacional de Violão de Vitória da Conquista. O evento foi promovido pela Prefeitura Municipal, em parceria com o Movimento Violão.
Quando viviam em Roterdâ, na Holanda, os dois encaravam a música como um hobby. André trabalhou como policial, até aposentar-se. Esther se dedicava a pesquisas sobre poluição de solos. Até que resolveram trocar os Países Baixos pela Bahia. Vários elementos os atraíram. “O clima, o espaço, o povo, a música”, contou Esther.
Já em terras brasileiras, o casal passou a se apresentar profissionalmente, adotando o nome de Duo Bem-te-vi. “Fazemos um show de duas a três horas no circuito de Itabuna, Ilhéus, Itajuípe, Olivença, Serra Grande”, disse André. O repertório, segundo o músico, é variado. Vai do grupo sueco Abba aos Beatles, passando pela dupla Simon e Garfunkel e pela brasileira Maria Bethânia. “Gostamos muito de diferenciar”, explicou André.
‘Que venha o segundo’ – Para a pedagoga Priscila Correia, o interesse por participar do Festival Internacional de Violão foi, inicialmente, acadêmico. Ela é aluna do Mestrado em Memória, Linguagem e Sociedade, oferecido pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Sua pesquisa aborda a história e a memória musical de Vitória da Conquista. “Achei interessante participar do evento para perceber as pessoas que estão participando, ver as discussões que estão acontecendo e me aproximar mais desse universo da música”, disse Priscila.
Embora não toque nenhum instrumento, a pedagoga disse conhecer a obra de compositores da cidade, como Geslaney, o ministrante da oficina da qual participou. Ao fim das atividades, ela considerou “uma iniciativa muito importante” a realização do evento pela Prefeitura. “E que venham outros eventos, e que venha o segundo Festival Internacional de Violão de Vitória da Conquista”, desejou.