Evento reuniu gestantes e mães atendidas pelo hospital

Evento alertou sobre a elevada taxa de nascimentos prematuros no país e como preveni-los

Quando se está grávida é normal a mulher não querer ouvir falar sobre parto prematuro, aquele que ocorre entre 22 e 37 semanas de gestação. Afinal, entre outros motivos, os bebês nascidos antes da hora, como popularmente se diz, ainda não estão plenamente desenvolvidos.

Porém, o que poucos sabem é que o nascimento prematuro pode ser evitado. E foi com o objetivo de conscientizar sobre as medidas preventivas e as causas que levam à prematuridade, que o Hospital Esaú Matos reuniu, na tarde desta terça (20), a equipe técnica, gestantes e mães que tiveram ou estão com seus filhos prematuros internados na UTI.

“Neste mês, quando todo o mundo está mobilizado para esta causa, queremos chamar a atenção para o assunto e esperamos que vocês se tornem multiplicadoras das informações passadas aqui para que consigamos ter menos bebês nascendo de forma prematura”, ressaltou o diretor da Fundação de Saúde que administra o hospital, Felipe Bittencourt.

Felipe destacou o caráter educativo da ação

Dados nacionais revelam que a cada dez nascimentos no Brasil, ao menos um é prematuro. O Brasil é o 10º país no ranking de nascimentos prematuros. Anualmente, nascem cerca de 350 mil bebês antes da 37ª semana de gestação, sendo que um terço dos bebês morre antes de completar um ano de idade.

“Além disso, a prematuridade é uma das principais causas de mortalidade em crianças que ainda não completaram 5 anos. Daí, que planejar a gravidez, verificando as condições de saúde desta mulher, e fazer o acompanhamento pré-natal são fundamentais”, enfatizou a diretora técnica operacional da Fundação, a obstetra Rosa Caracas, que palestrou no evento.

Além dela, a pediatra Thainá Souza também falou sobre o assunto, destacando um pouco dos termos e equipamentos que fazem parte do universo dos bebês internados nas unidades de Terapia Intensiva Neonatal e de cuidados intermediários Convencional e Neonatal Canguru. Já a mamãe doadora do Banco de Leite, Vivi Sobrinho, abordou a exterogestação.

Mães participaram de dinâmicas que integram a área de práticas integrativas

Vinda do Pradoso para participar da atividade e gestante de 37 semanas do terceiro filho, Fabiana Maria aprovou o evento. “Esse encontro aqui foi muito bom para esclarecer sobre o assunto e para eu conhecer um pouco a equipe do hospital, pois é aqui que eu pretendo ter meu filho, Otávio”, contou.

Para a paciente Débora Santos, a atividade não poderia ter sido melhor. Natural de Quaraçu, zona rural de Cândido Sales, ela é mãe de Vitória que nasceu de 26 semanas, pesando 850 gramas e há um mês e sete dias está internada na UTI do Esaú. “Pra mim, foi muito importante. Muitas coisas ditas aqui eu não sabia e, além disso, esclareceu um pouco mais como é estar na UTI. Ela está tendo melhoras, o atendimento é muito bom, mas eu não vejo a hora de leva-la para casa”, disse.

Com a filha Kelly nos braços e saudável, Elisângela comemorou assistência recebida no Esaú e aprovou o evento

Quem passou por situação parecida com a de Débora e hoje festeja com a pequena Kelly Lorrane (1 ano e 2 meses), é Elisângela Vieira. Por conta de um descolamento de placenta, ela teve a filha, no Esaú, com 26 semanas de gestação. Kelly nasceu com 1,4 kg e ficou internada por 53 dias, recebendo a assistência na UTI Neonatal, na Semi-intensiva e no Canguru.

“Hoje, nesse encontro, recebi informações sobre prematuridade que eu não sabia, mesmo tendo tido um bebê prematuro. E o que aprendi aqui poderei informar para uma amiga, uma parente grávida para ela evitar passar pelo que eu passei porque não é fácil, mesmo eu me considerando uma outra mulher depois de tudo isso e do ótimo atendimento recebido aqui. Além disso, foi muito bom porque revi outras mulheres que ganharam bebê na mesma época que eu e a equipe, que cuidou da minha filha como se fosse dela”, destacou Elisângela.

As mamães participaram ainda de sorteios e dinâmicas, conheceram sobre o Grupo de Trabalho de Humanização e prestigiaram a apresentação musical de Dai Macário e Adriano Gama e a exposição fotográfica newborn do estúdio “Amor em Fotos”, com bebês da UTI do Esaú. Também estiveram presentes no evento, estudantes de Psicologia e a representante do grupo Semente Boa.

Integração e conscientização marcaram evento que integrou o Novembro Roxo