A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da coordenação de Vigilância Epidemiológica (Viep), está recebendo nesta segunda (20) e terça-feira (21), a visita da equipe de especialistas em hanseníase do Ministério da Saúde para realizar parte do Inquérito Nacional de Incapacidades Físicas em Hanseníase na região Nordeste.

O estudo visa estimar a frequência de incapacidades físicas depois da alta médica por cura de hanseníase no Brasil, e auxiliar os gestores estaduais e gerentes dos programas na elaboração de planos de ação para o enfretamento da doença.

Para esse trabalho em Vitória da Conquista, o Ministério da Saúde sorteou alguns pacientes que fizeram todo o tratamento no Centro Municipal de Pneumologia e Dermatologia Sanitária (CMPDS), serviço de referência em hanseníase, e que foram captados previamente pela equipe do serviço para coleta de dados, avaliação e entrevista.

De acordo com a coordenadora da Viep, Amanda Maria Lima, a avaliação dessas pessoas visa observar se elas tiveram algum grau de incapacidade física mesmo após a alta por cura. “A hanseníase é uma doença infecciosa e essa micobactéria tem afinidade com a pele e nervos, e por isso se apresenta através de manchas na pele e sintomas neurais. Após o diagnóstico do paciente com hanseníase, realiza-se um exame conhecido como Avaliação Neurológica Simplificada (ANS), que monitora a função neural do paciente e, nesse momento, é verificado se há comprometimento neural, levando a limitações para a realização de atividades”, explicou Amanda.

O diagnóstico precoce da hanseníase reduz a chance de grande dano neural, limitações ou incapacidades. Os resultados obtidos nesse inquérito permitirão uma visão panorâmica do cenário epidemiológico da doença no país e poderão contribuir para o planejamento de estratégias e ações do Ministério da Saúde no enfrentamento dessa enfermidade. Além disso, pode ajudar a estabelecer novas políticas públicas para o cuidado de pacientes curados da hanseníase.