‘Apoio, carinho e atenção, tudo isso faz um diferencial muito grande para que a mãe fique tranquila e mais segura’, explica coordenadora do Banco de Leite do Hospital Esaú Matos

Enquanto conversa conosco, na tarde de segunda-feira, 7, a nova mãe Jocimara Nascimento, 33 anos, fala a respeito da importância que seu companheiro, o corretor de imóveis Rafael Siqueira, 31, teve durante o parto do filho Vinícius, nascido por volta das 19h45 do último sábado, 5, no Hospital Esaú Matos.

“Estar com o pai do meu filho me ajudando ali, nessa hora difícil, foi bastante prazeroso. Eu me senti mais protegida e bem acompanhada”, resumiu.

Para quem veio à luz um mês antes do esperado, Vinícius até que nasceu robusto, com 48 centímetros e pesando 3,2 quilos. Jocimara e Rafael estavam em casa, no bairro Cidade Modelo, quando ela sentiu contrações mais intensas e percebeu que sua bolsa havia estourado.

Rafael a levou ao Hospital e até ajudou durante o parto normal. A pedido da equipe que atendia sua esposa, ele fez pressões no ventre dela, a fim de facilitar a saída do bebê. “A médica me pediu para ir forçando um pouquinho a barriga, de cima para baixo, para ajudar o menino a sair”, relata. “Tudo o que a médica foi pedindo para eu fazer, eu fui fazendo. E deu tudo certo”.

Agora, dois dias depois do nascimento, à espera de que sua mulher receba alta, é Rafael quem leva o bebê ao Centro de Diagnóstico e Imagem (CDI), onde ele é submetido aos primeiros exames. Auxiliado pela cunhada, pela sogra e por outros familiares, o novo pai praticamente não se afastou de Jocimara desde que o filho do casal nasceu.

Presente na amamentação – Ele estava ali, inclusive, nos momentos em que ela amamentou a criança. “O máximo que eu posso fazer, além de olhar e acompanhar, é torcer para que ele se alimente bem. E incentivando, com certeza”, conta o pai.

No entanto, segundo Jocimara, a presença do esposo no ato da amamentação lhe trouxe mais segurança. “Esse momento é muito importante, tanto para a mãe como para o filho. É importante o pai estar ao lado, vendo como é a situação de dar a mama, e ajudando, porque os pais também ajudam”, afirma a mãe.

“Eles não dão a mama, mas estão incentivando. É uma emoção que a gente sente. Esse prazer, só a mãe mesmo que sente… É difícil de explicar, mas é gostoso”.

‘Diferencial’ – Para a coordenadora do Banco de Leite do Hospital Esaú Matos, Adriana Vasconcelos, a presença e o apoio dos pais no aleitamento materno são bem mais importantes do que se imagina, embora este seja um ato protagonizado pela mãe.

“O início da amamentação, às vezes, demanda muitas atribuições que a mãe agora vai precisar ter, para ter condições de nutrir, cuidar, dar banho e várias outras coisas nesse processo de cuidados com o novo ser que chegou”, observa.

“Então, o apoio do pai, o apoio emocional, de carinho, de atenção, é muito importante para que a mãe se sinta segura e tenha períodos durante o dia para que ela possa descansar. Que o pai esteja ali, junto, ajudando nos cuidados, dividindo com ela as tarefas”, acrescenta Adriana. “De fato, tudo isso faz um diferencial muito grande para que a mãe fique tranquila e mais segura. E aí, que flua adequado o aleitamento materno”.

‘Mês Dourado’ – Ao longo deste mês de agosto, laços dourados foram incorporados à decoração de portas e paredes do Hospital Esaú Matos. O símbolo é alusivo ao “Mês Dourado”, campanha nacional que destaca a importância do aleitamento materno. “A cor representa o valor que o leite materno tem: é padrão ouro”, explica Adriana.

Aliado à Coordenação de Vigilância Nutricional da Secretaria Municipal de Saúde e a instituições de ensino como a Ufba e a FTC, o Banco de Leite desenvolve uma programação até ao final de agosto, com atividades voltadas a este tema.

Mulheres que estejam produzindo leite em excesso, e que queiram doar o material excedente, podem entrar em contato com o Banco de Leite do Hospital Esaú Matos. O telefone é (77) 3420-6237.