Na tarde desta quarta-feira (23), os técnicos do Banco de Desenvolvimento da América Latina, da Corporação Andina de Fomento (CAF), participaram de uma série de reuniões temáticas com membros da Prefeitura de Vitória da Conquista. O objetivo foi aprofundar a compreensão do projeto de obras que pleiteia o empréstimo no valor de US$ 71,44 milhões, equivalente a cerca de R$ 382 milhões no câmbio atual, nos aspectos relacionados a saneamento, infraestrutura e mobilidade, meio ambiente e questões sociais, finanças e economia.

Reunião temática de infraestrutura e mobilidade

“Diversos temas sensíveis, exatamente para que eles tenham a convicção de que os recursos que serão destinados para Vitória da Conquista serão utilizados da melhor maneira possível”, explicou o secretário de Infraestrutura Urbana, Jackson Yoshiura.

Juntamente com o secretário chefe do Gabinete Civil, Lucas Dias, ele conduziu a reunião que discutiu infraestrutura e mobilidade. “Eles estão compreendendo de que forma essas obras vão atender melhor à população de Vitória da Conquista, tanto em relação à fluidez do trânsito, como também, claro, à questão do transporte público, que eles têm um olhar bastante especial para essa área”, completou.

Saneamento

Outro grupo, que também contou com a participação de representantes da Embasa, debateu as questões ligadas a saneamento. Paulo Rocha, que atualmente é presidente da Emurc e vem acompanhando o projeto desde o início, enquanto ocupava o cargo de coordenador de Infraestrutura Viária, detalhou: “A gente não pode ter uma cidade crescendo em infraestrutura, mas que a infraestrutura de água e esgoto não acompanhem.”

Nesse sentido, a Embasa apresentou as ações que vêm sendo adotadas para sanar a questão da insegurança hídrica, como soluções emergenciais de curto prazo e também a construção da barragem do Rio Catolé, que deve ser entrar em operação em 2024 e resolver a demanda hídrica em Vitória da Conquista por pelo menos 20 anos.

“Sabemos que o atendimento de água e esgoto da zona urbana é satisfatório, está dentro do contrato, dentro das metas estabelecidas, porém entendemos que eles têm investimentos a fazer que devem implementar esse crescimento”, destacou Paulo. “Hoje existe uma preocupação com insegurança hídrica, porém essa preocupação está sendo resolvida num curto prazo, e se entende que o efeito dessas a ações, juntamente com o investimento que a Embasa fará, e o investimento que a CAF fará, vai trazer o progresso para o município, não vai ter problema que possa afetar o investimento aqui.”

Meio ambiente e social

Aspectos ligados a medidas mitigadoras de danos ambientais, arborização urbana e impactos futuros foram avaliados pelo grupo temático de meio ambiente e questões sociais. “As obras vão acontecer, mas a gente tem que lembrar que, diante das obras, a gente tem a comunidade e o meio ambiente, que precisa ser preservado, protegido e pensado pra que a gente tenha uma cidade que no futuro tenha essa qualidade de vida. A gente sabe que a qualidade de vida vem do meio ambiente e do bem cuidado, da cidade bem projetada e bem organizada”, disse a secretária de Meio Ambiente, Ana Cláudia Passos.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Social, Michael Farias, a discussão foi proveitosa no sentido de aferir como o projeto irá impactar o cotidiano das famílias das localidades que receberão as obras, especialmente aquelas inseridas em um contexto de vulnerabilidade econômica. “A partir dos diálogos, nós vamos avaliar o atual cenário dessas famílias, com base nas informações do Cadastro Único e dos atendimentos que foram feitos pelos Cras que abrangem esses territórios. E, em um segundo momento, após as obras, a gente vai avaliar de que maneira elas impactaram na dinâmica de vida e melhoraram as condições de habitabilidade e, sobretudo, as condições socioeconômicas dessas famílias”, informou.