‘Gosto do que eu faço e trabalho com amor’, diz a coordenadora da Contadoria Geral

A equipe da Contadoria Geral, divisão interna da Secretaria Municipal de Finanças, responsabiliza-se diariamente por contabilizar todos os atos que ocorrem na gestão financeira ou patrimonial do município. Estão entre suas atribuições a elaboração e o acompanhamento dos relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal.

As responsabilidades que recaem sobre esse setor, portanto, são consideráveis. No entanto, isso não parece intimidar os servidores que trabalham ali – nem eles, nem a coordenadora, Idalina Karla Correia Pires, ou, simplesmente, Karla. “Isso não assusta. Talvez seja porque sabemos da seriedade e do compromisso da Administração Municipal”, explica a servidora, que está na coordenação desde 2010.

A contribuir para essa tranquilidade, além de sua formação em Ciências Contábeis, ela aponta como sendo de grande relevância os quinze anos de experiência com as finanças da Prefeitura de Vitória da Conquista. Karla entrou no serviço público municipal em 2000, aos 21 anos. “Como foi meu primeiro emprego, e eu já acompanhava o trabalho de Mércia Andrade, vejo tudo isso como uma coisa normal”, observa a servidora, referindo-se à atual secretária municipal de Finanças, cuja carreira na Prefeitura começou em 1979.

‘Sem desgaste’ – Embora seja conquistense de nascimento, Karla passou a maior parte da infância em Brumado e Rio de Contas. Voltou à cidade natal quando tinha 14 anos, para cursar o Ensino Médio. Aos 20, quando fazia cursinho pré-vestibular, engravidou do filho Antônio, hoje com 15 anos. No mesmo ano – 2000 –, começou a trabalhar na Prefeitura, após a aprovação obtida no concurso público realizado no ano anterior.

Por conta desses acontecimentos, ela cursou o Ensino Superior ao mesmo tempo em que trabalhava e tinha de cuidar do filho, ainda pequeno. As dificuldades foram atenuadas pela ajuda que ela teve da mãe e da irmã. Hoje formada e com uma especialização na mesma área, Karla aproveita o máximo de seu tempo, quando não está trabalhando, para estar ao lado do garoto. “O tempo que a gente tem mesmo é o fim de semana, quando aproveito para curtir minha família e meu filho. Procuramos sempre fazer alguma coisa juntos”, conta a servidora.

Reconhecimento – Karla conta que a relação entre os colegas costuma fluir de forma tranquila e descontraída. “O volume de trabalho é grande, mas, como há esse relacionamento, às vezes nem vemos o tempo passar”, afirma. O emprego – que lhe ocupa o mesmo tempo de vida que a idade de seu filho – é apontado por ela como a base segura que lhe permitiu manter-se enquanto estudava e se estabelecia na vida. Como seu pai não tinha condições de pagar-lhe os estudos, ela pôde se manter sozinha. “Gosto muito do que eu faço e trabalho com amor. Até sinto falta se eu não puder vir”.

Hoje, diz-se uma pessoa “realizada”, embora reconheça ter ainda muito tempo pela frente. “Digo para meu filho: ‘por tudo o que a gente tem, agradecemos ao trabalho da sua mãe’”, reconhece.