A abertura do Festival da Juventude – Ano II, que acontece nesta sexta, 10, contará com a palestra do escritor e poeta Ariano Suassuna, reserva outro momento especial para o público: o lançamento do jornal Cancão de Fogo – impresso dedicado integralmente à poesia. Inspirado no jornal pernambucano Cabeça de Rato, de Sertânia, o Cancão de Fogo foi idealizado pelo professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Antonio Andrade Leal e pelo jornalista Ailton Fernandes.

A distribuição do jornal acontecerá a partir das 15 horas, no Centro de Convenções Divaldo Franco, momentos antes do início da palestra de Ariano. Ambos os idealizadores explicam que o Cancão de Fogo busca valorizar, principalmente, os versos da literatura popular nordestina – dos cordéis à poesia matuta -, e será espaço para outras linguagens poéticas. Além disso, abrirá espaço para publicar escritores da nossa cidade, conhecidos ou não.

A primeira edição do jornal faz uma homenagem ao maior poeta brasileiro, Leandro Gomes de Barros, um paraibano que escreveu mais de mil poesias, publicou cerca de 600 folhetos de cordéis e é celebrado por escritores como Carlos Drummond de Andrade e o próprio Ariano, que se inspirou em duas obras dele para escrever “O Auto da Compadecida”. Ariano também é homenageado pelo jornal nas duas páginas centrais.

Além das homenagens, a edição traz versos de Zé Limeira, Jessier Quirino, Manuel Camilo dos Santos, João Ferreira de Lima, entre outros. Nas páginas dedicadas aos poetas da nossa terra estão versos de Guilherme Menezes, Tuíca, Paulo Pires e Morgana Gomes.

Nome– O nome Cancão de Fogo é uma referência ao próprio Leandro Gomes de Barros, que criou este personagem em um dos clássicos da literatura de cordel; ao pássaro cantador da caatinga nordestina – cancão; e ao poeta pernambucano João Batista de Siqueira, que era chamado de Cancão.

*Com informações do jornalista Ailton Fernandes