O Hospital Municipal Esaú Matos é referência estadual no atendimento a gestantes de alto risco. O diferencial do serviço está no cuidado integral: além do acompanhamento com o obstetra, o hospital oferece um atendimento multidisciplinar, que envolve profissionais de diversas áreas, garantindo mais segurança e qualidade de vida para mães e bebês.

Mariana Perazzo, endocrinologista, em atendimento

Desde 2020, o Esaú Matos conta com um Laboratório de Endocrinopatia para Gestantes, como relata a endocrinologista Mariana Perazzo. Segundo ela, o serviço atende mulheres que realizam o pré-natal de alto risco e que apresentam alguma condição endócrina, como diabetes gestacional, hipertensão ou distúrbios metabólicos.

“As pacientes são encaminhadas pelo obstetra, após avaliação, para um atendimento especializado e, a partir daí, recebem um cuidado ampliado. Felizmente, temos uma equipe multidisciplinar formada pelas equipes de Nutrição e Psicologia e, aqui mesmo dentro do serviço, a gestante passa a ter um suporte completo durante a gestação e no pós-parto”, explicou a médica.

Liliane Borges é atendida pelo nutricionista

Entre esses profissionais está o nutricionista Dhavid Lucas, que destaca a importância da abordagem integrada: “A junção desses profissionais é essencial para que essa mãe melhore o seu prognóstico. E é importante destacar que, cuidando da saúde da mãe, consequentemente estamos cuidando da saúde do bebê”.

O nutricionista contou que, após a consulta com a endocrinologista, ao chegar ao serviço de nutrição, é realizada uma anamnese da paciente, quando ela recebe orientações nutricionais e também é elaborada uma dieta de acordo com cada especificidade. É o caso de Liliane Borges, que tem diabetes gestacional. Segundo ela, esse acompanhamento tem sido essencial para a sua saúde e a do bebê: “Os médicos e todos os profissionais são muito bons e estão me ajudando muito”, afirmou.

Nesse sentido, conforme destacou a médica Mariana Perazzo, com esse acompanhamento constante, tem-se percebido uma diminuição no número de internações. “Com esse ajuste, com esse acompanhamento que fazemos quase que semanalmente ou a cada quinze dias, temos conseguido garantir um acompanhamento melhor, um controle mais eficaz das patologias, e isso vem se refletindo no pós-parto e na redução de óbitos fetais”, reforçou.

Saúde mental na gestação

Além do cuidado físico, o aspecto emocional das gestantes também recebe atenção especial. O psicólogo Naamã Dias, que integra a equipe do pré-natal de alto risco, explica que a gestação, por si só, já é um período de intensas transformações na vida de qualquer mulher. No entanto, quando se trata de uma gestação de alto risco — que exige um acompanhamento mais frequente e rigoroso —, os medos e as ansiedades tendem a se intensificar. “O psicólogo entra nesse lugar justamente para ajudá-la a acolher essas situações novas e lidar com os desafios emocionais que surgem ao longo do processo”, comentou o psicólogo. “Todo esse suporte é necessário para que essa mulher seja acolhida, amparada, cuidada e tenha um parto da maneira mais saudável possível”, acrescentou.