Expectativa é que seja instalada em Vitória da Conquista unidade semelhante a que foi visitada, de modo a implementar a política de gestão desses resíduos no município.

Vitória da Conquista é apontada como a segunda cidade que mais cresce no estado, a terceira entre as do interior do Nordeste e a sétima mais importante entre as médias cidades brasileiras. Esses atrativos fizeram com que a construção civil se desenvolvesse ainda mais no município. Principalmente, nos últimos cinco anos e em especial após a implementação, por parte do Governo Federal, do programa Minha Casa Minha Vida.

O crescimento acelerado do setor tem sido acompanhado de perto pela Administração Municipal, que tem desenvolvido uma série de ações para manter a cidade limpa e organizada. E foi justamente buscando implementar a política de gestão para os resíduos da construção civil que uma equipe do Governo Municipal, formada por membros das secretarias de Serviços Públicos e Meio Ambiente, visitou a Unidade de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil em Aracaju, Sergipe, nessa segunda-feira, 26.

A unidade de reciclagem é gerida pela Torre Empreendimentos, e dá a destinação adequada aos resíduos da construção, demolição, reformas, entre outros que podem, através do tratamento adequado, serem reutilizados em obras diversas. Ela possui capacidade para receber até 25 mil toneladas de resíduos por mês. A empresa já realizou estudos técnicos para a implantação de uma unidade em Vitória da Conquista e apresentou o projeto para o Governo Municipal em julho deste ano.

José Antônio Ribeiro, engenheiro civil responsável pelo projeto

De acordo com o engenheiro civil responsável pelo projeto, José Antônio Ribeiro, o setor da construção civil é, entre os diversos setores da economia, o responsável pelo consumo do maior volume de recursos naturais e, também, um grande gerador de resíduos sólidos urbanos. ”Vitória da Conquista produz aproximadamente 550 kg por habitante/ano de entulho oriundo da construção civil. É necessário dar uma destinação correta aos resíduos, uma vez que, pela legislação brasileira, não se pode aterrar essa fração mineral”, afirmou.

O empresário José Antônio Torres

O empresário, José Antônio Torres, destacou o compromisso da Administração Municipal como um dos fatores para a implantação da unidade no município. “Vitória da Conquista é uma das cidades que mais crescem na Bahia e para a implantação de uma unidade como esta é necessário que haja vontade política dos administradores do município. E sabemos que em Conquista o governo se preocupa em desenvolver esse trabalho”, afirmou.

Élvio Dourado, secretário de Serviços Públicos

Na oportunidade, o secretário de Serviços Públicos, Élvio Dourado, falou sobre a importância da implantação da unidade no município. “O setor da construção civil em Conquista está em pleno crescimento, por isso é fundamental que o município possua um sistema de reaproveitamento de resíduos sólidos, e essa fábrica se ajusta aos padrões e as necessidades da nossa cidade”, salientou.

Hudson Castro, o secretário de Meio Ambiente

O secretário de Meio Ambiente, Hudson Castro, destacou a importância da responsabilidade ambiental. “Vimos a necessidade de termos esse equipamento em nossa cidade e esperamos que a unidade de reciclagem seja implantada para que possamos atender a demanda do município. Eu acredito que, se implantada, ela vai contribuir significativamente com o meio ambiente e será mais um avanço do governo que vem procurando cumprir com os compromissos e com as leis, além de ser uma demonstração de responsabilidade ambiental com o município.”

Benefícios – Além de não gerar poluição e contribuir para a conservação do meio ambiente com a retirada desse tipo de resíduo da natureza, o material processado na unidade de reciclagem contribui para o desenvolvimento socioeconômico ambiental do município. Uma vez que o aproveitamento dos resíduos da construção civil pode, inclusive, diminuir custos em obras.

O material produzido pela unidade pode ser utilizado em pavimentação de pistas e estradas; fabricação de blocos de cimentos; cobertura de células de aterros sanitários; preparo de concreto sem função estrutural; enchimento de fundações de construções e implemento de contrapiso.

A partir de agora, o Governo Municipal estudará a viabilidade técnica de implantação da unidade no município.