O 1º Festival de Saúde Mental e Bem-estar de Vitória da Conquista foi realizado nesta quarta-feira (27), numa manhã ensolarada na Praça Sá Barreto, com direito a música, dança, arte, serviços de saúde, massagem, limpeza de pele, alongamento e momentos de muita descontração.

Promovido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e pela Rede de Atenção Psicossocial do município (Raps), o evento faz parte das ações do Setembro Amarelo, e a proposta é promover a valorização da vida, reunindo os usuários dos serviços de saúde mental do município e a comunidade, que também compareceu para participar das atividades.

Cláudio Pelozini

Cláudio Pelozini, de 75 anos, aproveitou o festival para checar a pressão arterial e a glicemia, receber uma massagem e assistir as apresentações. “Gostei muito e tem que fazer isso sempre. Saúde mental é isso e várias coisas que a gente faz todo dia, né?! Alimentação, praticar exercícios, pensar coisas boas”, afirmou.

Paciente do Caps II, Vitória Núbia, 46 anos, é grata pelo apoio que encontrou na equipe do serviço para continuar com sua vida. “Se não fosse o Caps, hoje eu não estaria viva para estar aqui contando a minha história. Onde eu encontrei apoio foi no Caps e eu agradeço, primeiramente a Deus, e aos técnicos daqui que me acolheram e acolhem até hoje”, disse Vitória.

Os adolescentes acolhidos pelo Caps Ia também participaram do festival apresentando suas pinturas e o livro “Poesias Antimanicomiais”, elaborado por eles. Segundo Isabela Franklin, de 12 anos, esse foi um meio que eles encontraram para se expressarem e ajudar outras pessoas. “Esse livro foi feito pra gente poder trazer conforto sobre aquelas vidas, em que as pessoas não sentem mais aquele prazer que sentia antes em viver”, explicou ela.

A coordenadora de saúde mental do município, Jamile Mascarenhas, ressaltou que a intenção é que o tema da valorização da vida possa ser incentivado, não somente no Setembro Amarelo, mas durante todo o ano. “Precisamos falar sempre do autocuidado, de se prevenir, de cuidar da saúde, de ouvir e ser ouvido”, afirmou Jamile.

Jamile Mascarenhas

Para quem necessita da atenção especializada em saúde mental, a rede municipal conta com o trabalho diário de assistência dos Caps e o ambulatório de saúde mental, que oferece o acolhimento e escuta de forma espontânea. “Se você sentir a necessidade, ou algum familiar perceber que alguém está precisando de ajuda, pode buscar o serviço que é aberto ao público, atendendo por demanda espontânea. O acolhimento será ofertado e a equipe irá avaliar o melhor Projeto Terapêutico Singular para cada pessoa”, complementou.