“Fazer parte em Toda Parte” foi o lema do Festival da Juventude e também o que motivou a exposição que ocupou as futuras instalações do planetário do Centro Glauber Rocha – Educação e Cultura, nesse festival. Uma mistura de várias manifestações artísticas se expressaram de forma harmônica num conjunto de obras da exposição intitulada “{Nu} Glauber: Corpos de Passagem, Uma arquitetura das relações, sua vez de jogar”.

Com a curadoria do artista plástico Vinícius Gil, mais conhecido como “Purki”, e coordenação de produção de Kétia Prado, a exposição fez parte de uma construção coletiva iniciada no dia 22 de abril com a Oficina Arquitetura das Relações, que teve como facilitadora a arquiteta Cinira d’Dalva. O espaço contou com a participação de vários artistas convidados nas áreas de música, fotografia, pintura, grafite, escultura e dança.

Durante os três dias de evento, o público também interagiu com o espaço que, além de promover a arte visual, também promoveu a música em suas várias vertentes. “A ideia é mostrar que este espaço inacabado, poderia abrigar arte, que todos pudessem interagir, se inspirar e ter outros afetos também”, explicou Purki.

O pajé de Gilvandro Gonçalves, um dos artistas convidados, surgiu do desafio de esculpir uma escultura num tronco de uma árvore, no curto espaço de oito dias. “Para mim, foi uma grande surpresa ter conseguido esculpir em tão pouco tempo. Nessa obra, tentei dar vida à natureza morta, eternizando a memória dessa árvore milenar”, destacou Gilvandro.

A construção de forma coletiva proporcionou a todos os evolvidos uma experiência única, como avalia Dorgi Barros. “Trabalhamos muito duro. Foi muito enriquecedor o processo, que foi construído durante toda a oficina e após, porque o público também está interagindo em alguns espaços”, avaliou Dorgi.

Para Kétia, o esforço foi recompensado pela receptividade do público que também ocupou a exposição. “Não podemos deixar de lembrar que isso aqui tem total colaboração do Governo Municipal, que acreditou na ideia. Para mim, a parte mais prazerosa disso tudo, foi a construção, a forma como cada um de nós se envolveu para tornar isso possível”, ressaltou Kétia.