No povoado de Cotia, a obra já foi concluída e está pronta para armazenar água da chuva; na Matinha, a construção acaba de ser iniciada

Aguada no povoado de Cotia

Acompanhada pelo prefeito Guilherme Menezes e pela equipe da Secretaria Municipal de Agricultura, além de familiares e amigos, dona Helena Maria de Matos se emociona ao olhar para a aguada recém-construída pela Prefeitura de Vitória da Conquista em sua propriedade, no povoado de Cotia, onde vive há quase quarenta anos. “Fazia tempo que nós queríamos essa obra”, diz a lavradora. O local fica a cerca de 10 km do distrito de Bate-Pé, inserido numa região conhecida pelo clima semiárido.

Com seis metros de profundidade, a aguada é capaz de armazenar aproximadamente 40 milhões de litros de água. Após a conclusão da obra, os moradores aguardam que a natureza faça sua parte, enviando chuva suficiente para encher a aguada e beneficiar cerca de trinta famílias que vivem na região.

Helena Maria de Matos

Ao permitir que a Prefeitura executasse a obra em seu terreno, dona Helena assinou um termo oficial, cujo conteúdo deixa claro que, embora tenha sido construída num terreno de sua propriedade, a aguada será de uso coletivo. “Quando eu partir desta para a melhor, isto aqui vai ficar para meus filhos, netos, bisnetos, tataranetos e toda a comunidade”, diverte-se dona Helena.

Equipe do Governo Municipal vistoria construção de aguada no povoado de Matinha.

A poucos quilômetros dali, no povoado de Matinha, a equipe do Governo Municipal vistoriou a construção de outra aguada, desta vez num terreno pertencente ao agricultor Generino Ferreira Prado. Maior que a de Cotia, a obra terá uma profundidade estimada de sete metros, e capacidade para armazenar até 50 milhões de litros. Assim que estiver concluída, beneficiará mais de duzentas famílias.

Generino Ferreira, agricultor

“Fico muito feliz com isso. A comunidade inteira vai se servir de água”, acrescenta Generino, otimista. O estudante universitário Leandro Souza do Prado, um dos filhos do agricultor, acredita que, com a construção de aguadas na região e a consequente garantia de fornecimento de água, diminuirá o número de pessoas que deixam a região para buscar novas oportunidades na zona urbana de Vitória da Conquista. “Antes, acontecia muito o êxodo rural”, observa.

Leandro Souza, estudante universitário

Prioridade– “A água é de toda a comunidade”, reforçou o prefeito Guilherme Menezes, após visitar as aguadas. O secretário municipal de Agricultura, Odir Freire, destacou o caráter permanente das obras de construção, limpeza e ampliação de aguadas na zona rural. “O resultado está aí. Muitas regiões hoje têm aguadas e tanques cheios. Este ano, o Governo Municipal está priorizando a construção de aguadas de médio porte, que acumulam entre 40 e 60 milhões de litros de água”, disse Freire.

Giovani Rocha, gerente distrital da região de Bate Pé

Para o gerente distrital da região de Bate Pé, Giovani Rocha, esse trabalho beneficiará, de forma direta ou indireta, todos os moradores. “As duas aguadas vão possibilitar o armazenamento de água para uso geral de toda a comunidade”, afirmou.