Representantes da Secretaria de Municipal de Educação (Smed) participaram do I Encontro de Educação 2025, com o tema “Traçando caminhos para a alfabetização na perspectiva de uma Educação Antirracista”. O evento, que aconteceu na Casa do Comércio em Salvador, foi organizado pelo Programa “A Tarde Educação, do Grupo A Tarde”, que discutiu perspectivas de diversidade e inclusão no ambiente escolar.

A Smed foi representada pela neuropsicopedagoga do Núcleo de Prevenção e Monitoramento da Violência nas Escolas, Fabrine Soares Barroso, e  pela assistente social do Busca Ativa Escolar (BAE), Adelmita Oliveira. A mediadora foi a pedagoga do A Tarde Educação e mestranda em Educação pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Jéssica Gouveia, que destacou a importância de refletir sobre os desafios e possibilidades de uma educação mais justa, plural e inclusiva. O encontro promoveu um momento de reflexão sobre conceitos de raça, etnias, racismo e a relevância das políticas afirmativas, discutindo a importância de se observar as interseccionalidades que perpassam as pessoas negras em todos os espaços, em especial no ambiente no escolar.

Também foi debatido o projeto coletivo para a construção de uma educação antirracista, levando em conta o papel dos profissionais de educação na elaboração e aplicação de práticas pedagógicas que valorizem as culturas afro-brasileira e indígena.

Segundo Fabrine Barroso, o encontro apresentou questões relevantes para a implementação de ações concretas na construção de um ambiente de aprendizado adequado para lidar com as diferenças e comprometido com a cidadania. A neuropsicopedagoga também apontou para a necessidade de reflexão e introdução de ações de enfrentamento ao racismo, que atualmente vem sendo organizada pela Coordenação da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Diversidades do Núcleo Pedagógico da Smed.

Adelmita e Fabrine

Na oportunidade também foi apresentada a criação de ações práticas para serem implementadas no planejamento, organização e desenvolvimento da alfabetização (com observância dos conceitos de transversalidade) neste contexto, levando em conta quem são as crianças e jovens, e quais são as suas dificuldades e desafios.

“Assim, vamos conseguir fazer um diagnóstico seguro e procurar estratégias, como aquisição de recursos didáticos, a exemplo de livros de autores negros, jogos, histórias das famílias negras. Em resumo, iniciativas com sequências didáticas que nos permitam fazer uma articulação entre a aprendizagem da leitura e da escrita, e essa necessidade de construir ações afirmativas no processo de alfabetização antirracista. É uma forma de reafirmar, referenciar e reconhecer a importância das pessoas negras na construção do saber e nas conquistas históricas da humanidade”, completou a neuropsicopedagoga.