A saúde mental do adolescente foi tema para discussão no 10º Encontro Regional do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e reuniu mais de 150 profissionais

A saúde mental do adolescente foi tema para discussão no 10º Encontro Regional do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que aconteceu na sexta-feira (20), no Auditório do Polo de Educação Permanente.

O encontrou reuniu mais de 150 profissionais, entre psicólogos, nutricionistas, educadores físicos, farmacêuticos, fisioterapeutas, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos de 19 municípios ligados a regional do NASF em Vitória da Conquista. “Esse ano, a grande demanda dos núcleos foi de abordar sobre o suicídio, automutilação e o bullying, relacionados ao público adolescente. Então, resolvemos atender essa demanda para discutir estratégias de como trabalhar com a saúde mental do adolescente nesse encontro”, afirma Marília Marques, coordenadora da Atenção Básica do Núcleo Regional de Saúde.

Profissionais do Centro de Atenção Psicossocial Infantil e Adolescente (CAPS IA) de Vitória da Conquista e dos municípios que contam com esse serviço na região também foram convidados para participar da atividade e dividir relatos sobre a realidade de cada serviço.

A psiquiatra do CAPS IA, Katiene de Azevedo, falou durante a palestra sobre as estratégias terapêuticas para abordagem de adolescentes com automutilação e risco de suicídio. “O cuidado principal com o adolescente é a questão do desenvolvimento de resiliência, que é essa ideia de que a vida é mesmo difícil, que as coisas são difíceis e que o adolescente tem capacidade e condição de enfrentar tudo isso com estratégias mais benéficas para ele do que a automutilação e a tentativa de suicídio como uma via de melhora”, explica.

Ela acrescentou ainda: “Não podemos vitimizar o adolescente e nem reforçar essa ideia de que o adolescente é uma pessoa problemática, difícil e inacessível, pois é sim possível acessar esse sujeito. Dá para construir essa relação dialética com eles e a principal via para isso é o afeto, o vínculo, a escuta, a preocupação e o interesse na vida dele”, finaliza.