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Postado em 11 de maio de 2013 as 23:36:54
O diálogo entre as diversas formas de práticas religiosas foi um dos temas discutidos pelo participantes da segunda edição do Festival da Juventude, promovido pela Prefeitura de Vitória da Conquista. Cerca de 30 pessoas participaram, na tarde deste sábado, 11, da roda de conversa que debateu o assunto. A atividade contou com a contribuição de representantes de quatro segmentos religiosos.
Para o padre Mozart Tanajura que representou a Igreja Católica no debate, “é uma iniciativa louvável apresentar uma reflexão em torno do ecumenismo e do diálogo inter-religioso. Nós sabemos que o mundo moderno infelizmente é marcado pelo individualismo, por isso iniciativas como essa podem nos trazer alguns benefícios, como o respeito ao outro, a certeza de que todos nós fazemos parte de uma mesma família, de que todos temos o mesmo objetivo que é buscar o sentido de nossa existência”.
Ricardo Ferreira, representante da religião espírita, defende que “na dimensão da religiosidade individual e coletiva, devem-se procurar os pontos em comum dessa experiência que cada indivíduo desenvolve, aproveitando esse pontos em comum para a construção de princípios éticos que formem uma sociedade mais equilibrada, mais feliz, mais baseada no igualitarismo, no respeito”.
Segundo a professora Graziele Novato, que é candomblecista e representou as religiões de matriz africana, “o mundo é diverso, é plural. E essa diversidade de religião tem que afunilar pra um respeito religioso”. A professora considerou a roda de conversa como o “momento de falarmos um pouco sobre o que somos, para onde vamos, por que estamos aqui, de onde viemos, por que nos vestimos assim; por que não podemos ter vergonha de ser aquilo que nós acreditamos, temos fé e representamos”.
Representante da Igreja Evangélica, Silas Dias justificou a importância do momento: “O diálogo se faz importante porque temos uma sociedade plural e um Estado laico, que protege a liberdade de religião. A juventude é capaz de vencer as diferenças e as barreiras entre as religiões, por isso a necessidade de convocá-la para o diálogo inter-religioso, para discutir ecumenismo. É um prazer estar aqui hoje”.