Nesta sexta-feira (27), penúltimo dia da programação do Cyber Conquista, centenas de estudantes de ensino fundamental, médio e superior, além de empreendedores, professores e outros interessados em ciência, tecnologia e inovação participaram de palestras, workshops e visitaram exposições no Centro Cultural Glauber Rocha.

O evento, que tem vínculos com a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, segue até este sábado (28), encerrando-se às 13h. A Prefeitura de Vitória da Conquista participa da organização, por meio da Secretaria Municipal de Gestão e Inovação (Semgi), ao lado do Coletivo Cyber Conquista, e em conjunto com outros órgãos de diferentes instâncias governamentais, além de instituições de ensino e pesquisa, empresas de base tecnológica e entidades da sociedade civil.

Ao mesmo tempo em que a programação externa atraía as atenções dos visitantes, o foyer da Prefeitura da Zona Oeste (PZO) abrigava o Festival de Invenção e Criatividade (FIC), que conta com mais de 30 estandes nos quais podem ser vistas ideias e projetos inovadores.

Entre os jovens que percorreram os estandes do FIC, estava João Davi Melo, 17 anos, que cursa o 2º ano do Ensino Médio no Campus Integrado de Educação Básica (Cieb). Ele apreciou o aspecto prático da atividade e as informações que pôde absorver. “Acabei de aprender a costurar, para fazer um chaveiro. E aqui, agora, acabei de aprender sobre o QR Code, para saber cada vez mais. Quando a gente sai da sala, para fazer na prática, a gente aprende mais”, avaliou João Davi.

O estudante fez parte da caravana levada pela professora Ednalba Alves da Silva, que dá aulas de História no Cieb. Ao longo do dia, ela acompanhou mais de 30 alunos em visitas aos estandes do Cyber Conquista. “Acho que os alunos devem estar inseridos dentro da sociedade. E, como é um evento de cultura, de educação, a gente tem mais é que valorizar e priorizar a vinda desses alunos para prestigiarem este evento”, disse a professora.

Ciência no cotidiano

Um dos organizadores, Eduardo dos Anjos, afirma que, entre os objetivos do Cyber Conquista, há o propósito de aproximar as pessoas do universo das inovações tecnológicas. “O ideal é gerar um ambiente de conexão para construir pontes entre essas pessoas que querem inovar e desenvolver novas tecnologias, e apresentar o que elas têm desenvolvido de grande nas suas instituições”, afirma Eduardo.

“Temos vários projetos maravilhosos dentro das instituições, e muitas vezes as pessoas não sabem. A comunidade, como um todo, não sabe desses projetos”, acrescenta o integrante do Coletivo Cyber Conquista.

Membros da organização do Cyber Conquista. Eduardo dos Anjos e Roque Trindade são os dois últimos à direita

É assim que pensa, também, o professor Roque Trindade, vinculado ao Centro de Inovação e Pesquisa em Educação e Computação (Cipec), da Uesb. Segundo Roque, as pessoas precisam saber que os temas apresentados e discutidos no Cyber Conquista estão inseridas no cotidiano. “Queremos agregar. Nosso objetivo é que a cidade veja que a ciência e a tecnologia fazem parte do seu dia a dia”, explicou o professor.

Também foi esse o propósito de Maicon Moreira, ao levar para o Cyber Conquista o estande da Academia de Xadrez M64, da qual é proprietário. “O evento tem essa perspectiva da questão tecnológica, fazendo parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. E o xadrez tem tudo a ver, porque o jogo de xadrez é uma ciência”, defende Maicon.

Segundo o enxadrista, a ideia é aproximar a prática do jogo de quem ainda não o conhece, além de oferecer a quem já pratica a oportunidade de se exercitar. “A gente está aqui possibilitando também a prática para aqueles que já sabem. E tem uma galera aqui que não sabe, mas está curiosa. E a gente senta aqui mesmo, você já aprende o jogo, pelo menos a parte básica”, disse.

Organizadores apostam em sábado lotado

De acordo com Eduardo dos Anjos, a edição anterior do Cyber Conquista, realizada em 2022, mostrou que o último dia costuma ser o mais movimentado. “Na quinta e na sexta, muitos pais não podem trazer seus filhos, e a gente acaba contando mais com o público de alunos, mesmo. No sábado, a gente recebe a comunidade. Então, a gente tem aqui pais, famílias e tudo o mais. E, aí, o ambiente fica super divertido”, afirmou.