Treinar e sensibilizar o olhar dos profissionais de saúde para identificação da hanseníase é um dos objetivos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da coordenação da Vigilância Epidemiológica (Viep) e do Centro Municipal de Pneumologia e Dermatologia Sanitária (CMPDS), durante a campanha do Janeiro Roxo.

Nesta quarta-feira (18), foi realizada uma reunião técnica com os núcleos de vigilância dos hospitais públicos e privados do município, com o objetivo de ampliar o monitoramento dos pacientes que chegarem às unidades hospitalares com sinais da doença, para que possa ser feito o cuidado integrado junto com o serviço de referência municipal, o CMPDS.

“Nós vivemos numa área que é considerada endêmica para a doença e a gente sabe que poucos diagnósticos estão sendo feitos. Também tem muitos médicos novos, muitas equipes novas, e que ainda não conhecem o nosso serviço, então outra função dessa campanha é mostrar que estamos aqui atendendo. Se teve suspeita clínica da doença em algum paciente, é só encaminhar para o Centro”, reforçou a dermatologista do CMPDS, Crysthiane Valera.

Na reunião, foi apresentado o cenário epidemiológico da hanseníase no município e orientações sobre a identificação e vigilância da doença para que as equipes hospitalares possam manejar da forma correta esses pacientes, principalmente aqueles que chegam em reação hansênica, porque são esses pacientes que vão precisar de hospitalização.

“Essa integração dos hospitais com o serviço de referência é a maneira que a gente tem de construir a rede, assim como iremos ter também momentos com a Atenção Básica, entendendo que esses pacientes com hanseníase podem chegar na porta dos hospitais, na UPA, além das unidades de saúde”, explicou a coordenadora da Viep, Amanda Maria Lima.

Ainda segundo a coordenadora, a rede hospitalar é parte da vigilância desse processo e tem o conhecimento técnico para discutir com a equipe médica e levantar a possibilidade da doença, lembrando de considerar cenário epidemiológico do município na hora da avaliação clínica dos pacientes e levantar a suspeita de hanseníase.

A campanha de combate à doença não será limitada apenas ao mês de janeiro, mas é o pontapé para o trabalho que será desenvolvido ao longo desse ano para intensificar a vigilância da doença no município. Os médicos e enfermeiros da Atenção Básica, bem como profissionais dermatologistas da rede privada, também passarão por momentos de formação ao longo do ano.