A Secretaria Municipal de Educação (Smed), através da Equipe de Educação Especial do Núcleo Pedagógico, promoveu uma oficina de construção de material pedagógico com os professores que atuam na Sala de Recursos Multifuncionais. A atividade, que aconteceu no salão da Pastoral do Menor da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, mostrou algumas ferramentas que podem ser produzidas pelos docentes, como o Painel Sensorial Montessori e a Camisa Sensório-Motora, confeccionados com MDF.

A professora Gilnúbia Mendes da Silva explicou que o Painel Sensorial Montessoriano é um quadro de atividades para o aluno tocar e trabalhar habilidades básicas da vida, com canos para ele passar a bola por dentro, zíper para abrir e fechar, espelho e pente, sapato, calculadora, encaixe de mochila, varal com pregadores para auxiliar no desenvolvimento do movimento de pinça, que é muito difícil para quem tem paralisia cerebral, e o spinner que com o movimento giratório acalma a criança. “São situações do cotidiano que vão ajudar no desenvolvimento psicomotor e permitir que o indivíduo tenha autonomia, no sentido de melhorar a qualidade de vida”.

Já a camisa sensório-motora possui botões feitos com tampas de garrafa pet, para se trabalhar as cores, a quantidade dos botões e o movimento de abrir e fechar. Como as bases do painel e da camisa são de MDF e mais resistente, o aluno pode manusear com tranquilidade.

Segundo a professora da Escola Municipal Pedro Francisco de Moraes, Sueli de Oliveira Gomes Gonçalves, esse material serve como complementação das atividades. “Temos que fazer o material alternativo, por meio do qual vamos ensinar a criança de maneira diferente. Buscamos, dentro das possibilidades, um meio para que o aluno aprenda dentro do que ele tem dentro de casa. É o trabalho que vamos desenvolver para que ele consiga abrir e fechar uma porta, uma garrafa, dar independência a partir do simples. Facilitar o modo de viver”.

A professora da Escola Municipal Milton Santos, Camila Moreira Santos, elogiou a oficina. “É muito importante para nós explorarmos várias formas para que os alunos consigam fazer as atividades da vida diária. São coisas simples, mas necessárias, com um ganho muito grande para a vida dele”. Ela também destacou a possibilidade de troca de informações com os outros colegas. “A formação é uma troca. É um respiro para nós, algo gratificante”.