Desenvolvimento Social
Postado em 22 de junho de 2022 as 14:35:01
Com o objetivo de refletir sobre o Dia Internacional do Refugiado, 20 de junho, na noite desta terça-feira (21), no auditório do Centro de Convivência do Idoso, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes), por meio da Coordenação de Proteção Especial, realizou o primeiro encontro de imigrantes refugiados que são acompanhados pela Semdes.
O encontro reuniu 13 dos 15 imigrantes de origem venezuelana, cubana, marroquina e colombiana que são acompanhados pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS), por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). Alguns chegaram à unidade de forma espontânea e outros foram identificados por meio do Serviço de Abordagem Social, que faz o acompanhamento de pessoas em situação de rua no município.
Segundo a gerente de Média Complexidade, Tainá Alves, que acompanha os imigrantes, o encontro também é uma forma de socialização entre eles. “Desde 2020 que temos recebido imigrantes refugiados em Conquista, o que demandou um reordenamento dos serviços para que eles pudessem ser atendidos em suas necessidades que são muitas, não somente da língua, mas também culturais”, explicou Tainá que informou que a cidade já recebeu imigrante do Afeganistão este ano.
Na oportunidade, cada um se apresentou e relatou um pouco de sua experiência no Brasil e em Vitória da Conquista. A cubana Limary Cabrera Morell, de 53 anos, veio com esposo, filho e nora para o Brasil em busca de melhores condições de vida. Ela contou que antes de chegar ao Brasil, tinha medo e achava que não poderia andar sozinha pelas ruas porque seria atacada, “aqui te tratam bem, eu amo o Brasil, você pede uma informação e as pessoas falam com amor, ninguém te trata mal por ser imigrantes” comentou Limary, que também ficou surpresa com o atendimento de sua nora grávida, “aqui descobri que o Brasil tem uma atenção especial para às grávidas, minha nora foi atendida todos os meses e foi tudo de graça. Estamos felizes com a acolhida no Brasil, em outros países não é assim”.
Em todos os relatos, o sentimento é de tristeza por não poderem continuar no seu país por conta das questões políticas. Situação que trouxe o indígena venezuelano da etnia Warao, Argeni Josué Mata Mata, de 22 anos, a abandonar o seu país e buscar o Brasil para novas oportunidades, “ficou difícil morar na Venezuela, por isso, somos de lá. Bom, graças a Deus estou trabalhando aqui. Agradeço a vocês por tudo”, falou Argeni se referindo à equipe da Semdes.
O venezuelano Diego Javier Hernandez Moreno, de 29 anos, também compartilha este sentimento de tristeza, ele e sua esposa colombiana, estão no Brasil há dois anos, “temos viajado já há algum tempo, procurando condições melhores de vida, por enquanto estamos aqui, mas acreditamos que vamos morar, com a ajuda de todos, declarou Diego.