Enquanto a Prefeitura de Vitória da Conquista avança na revitalização da Lagoa das Bateias, moradores dos bairros próximos observam o andamento do serviço, avaliam a qualidade do trabalho e falam sobre suas expectativas para quando a intervenção for concluída.

O pedreiro Ademir Araújo, 47 anos, que mora no bairro Santa Cruz, praticamente à margem da lagoa, apreciou a novidade desde que os trabalhos começaram, em março do ano passado. “Antigamente, estava aí, abandonado. O poder público não tomava providência. Agora, está tendo uma melhoria”, observou.

Ele garante que já constatou algumas mudanças na região, após a retirada da maior parte da vegetação aquática. “Onde eu moro, na beira da lagoa, tinha muito inseto. Agora, está diminuindo mais”, afirmou.

Com relação ao período posterior à conclusão da obra, Ademir se mostrou otimista quanto aos resultados: “Creio que isso vai trazer muitos benefícios, não só para a população daqui, mas para toda a cidade”.

Essa sensação é compartilhada pela vendedora Maria de Fátima dos Santos, 60 anos, também moradora do Santa Cruz. “Acho que está melhorando. Está ficando bonito, muito bom”, avaliou a comerciante.

Já o empresário Gilvan Souza, 46 anos, avaliou o potencial econômico do investimento. “O lado de cá da cidade estava precisando dar uma levantada, porque aqui é um ponto turístico, e também para o pessoal caminhar e fazer suas atividades. Acredito que vai melhorar muito para o comércio”, comentou Gilvan, que reside no bairro Brasil.

Aterramento

Desde o início da obra de revitalização, centenas de toneladas de vegetação e terra já foram retiradas da Lagoa das Bateias. Coordenador do Deserg e responsável pela obra, Lucas Batista calcula que a equipe de trabalho já tenha atingido aproximadamente 70% da área de 23 hectares do reservatório. Conforme foi programado pelo Governo Municipal, uma parcela dessa vegetação, estimada em 30% do que havia antes, será preservada, a fim de garantir a sobrevivência e a manutenção da fauna local.

“Já estamos avançando em direção à região do bairro Santa Cruz. E estamos já na afluência da descida da avenida Brumado”, informou Lucas.

O material orgânico extraído da lagoa está sendo depositado, temporariamente, na margem localizada no sentido oposto ao bairro Santa Cruz – o que motivou a interdição do cruzamento com a avenida Modelo e de um dos sentidos da via que circunda o calçadão.

Parte desse material vem sendo utilizada para formar um aterramento numa área próxima ao Santa Cruz, onde a Prefeitura pretende construir uma academia ao ar livre. Segundo Lucas, mais de 5 mil caçambas de material já foram descarregadas ali.

Lucas Batista