Prof. Dr. Dener Santos trabalhou a história do racismo e o racismo institucional

Na última sexta-feira (06), na Rede de Atenção e Defesa da Criança e do Adolescente, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social realizou uma mesa redonda sobre “Racismo Institucional”. A programação faz parte da campanha “Por uma infância sem racismo” do Selo Unicef e tem por objetivo refletir e sensibilizar acerca do racismo institucional, rompendo as práticas discriminatórias.

O evento contou com a participação de gestores e servidores das unidades do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e teve como debatedores a articuladora do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), a psicóloga Monaliza Cirino, a gerente do Creas Novo Olhar Bárbara Tigre e o professor e doutor do curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Dener Santos Silveira.

A psicóloga Monaliza trouxe para o debate o racismo durante o atendimento ao usuário

Segundo o guia de políticas públicas do Selo Unicef, ainda existe uma persistência do racismo e das práticas discriminatórias em toda organização da sociedade e nas instituições, constituindo assim, o racismo institucional. “O racismo institucional ainda é muito invisibilizado, então a gente precisa romper essa invisibilidade. Como trabalhadores do SUAS, precisamos enxergar o que é, pra gente poder agir de maneira a superar esse racismo que ainda existe nas instituições”, ressaltou Bárbara.

O professor da Uesb, em sua apresentação, trabalhou os conceitos de racismo e racismo institucional que, para ele, não está presente apenas no contexto brasileiro, mas em toda sociedade mundial. “Eu digo sempre que o racismo não é um problema, ele é O problema, porque toda organização política, econômica e social, não apenas do Brasil, mas de todo contexto histórico mundial, foi condicionado pela raça” destacou Dener.

Valdilene aprovou a pauta

Para a assistente social do serviço Família Acolhedora, Valdilene Lima, o evento foi importante para a ampliação dos conhecimentos dos servidores para melhor atender aos usuários. “Precisamos entender não só a normativa do SUAS, mas também entender os processos, a conjuntura daquela família, não querendo impor naquela família os nossos costumes, a nossa cultura, mas sim trabalhar o empoderamento daquela família, trabalhando suas potencialidades”, comentou Valdilene.