Serviço está sendo feito também nas outras feiras da cidade, a fim de facilitar a locomoção dos cadeirantes

O aposentado Edgar Menezes, 71 anos, vai quase que diariamente à feira do bairro Patagônia, que fica próxima de sua casa, na zona oeste de Vitória da Conquista. Como ele mora na avenida Ilhéus, o percurso não pode ser considerado longo. Mas Edgar se locomove numa cadeira de rodas, e costuma encontrar alguns obstáculos pelo caminho.

Os passeios do entorno da feira dispõem de oito rampas, que recentemente passaram por revisões que as tornaram mais acessíveis a quem tem dificuldades de locomoção. Mas nem isso é garantia de que o trajeto de Edgar será tranquilo.

Na tarde desta terça-feira, por exemplo, ao se deslocar novamente para a feira, ele se deparou com automóveis que estavam estacionados bem em frente a uma das rampas – o que impedia sua passagem. Ele só conseguiu ter acesso aos boxes da feira porque algumas pessoas perceberam a situação.

“Passei ali e tinha dois carros interrompendo a rampa. E dois rapazes me ajudaram a subir no passeio”, contou o aposentado. Enquanto ele relatava o ocorrido, servidores da Prefeitura faziam ali um trabalho que vem sendo executado em todas as feiras livres e outros espaços públicos da cidade: a sinalização das rampas de acesso, a fim de torná-las mais visíveis e evitar transtornos como o que impediu a locomoção de Edgar.

“Está mais do que certo isso aí”, avaliou Edgar. “Assim, evita de pessoas desmancharem o que está feito”.

‘Temos que incluir’ – As rampas estão sendo pintadas com a cor azul e uma ilustração em destaque, que torna evidente a destinação exclusiva a cadeirantes. O serviço faz parte de um conjunto de intervenções que vêm sendo feitas na estrutura das feiras livres do Alto Maron, do bairro Brasil, da Ceasa e do Centro de Comércio Popular, além das proximidades do Mercado de Artesanato e do Teatro Carlos Jehovah.

Além da sinalização das rampas já existentes (e, em alguns locais, da construção de outras novas), esse trabalho inclui a aplicação de nova pintura e intervenções estruturais nos setores administrativos, nos sanitários e nas instalações elétricas.

Segundo o secretário municipal de Serviços Públicos, Esmeraldino Correia, trata-se de universalizar o acesso às feiras, garantindo a locomoção a todos. “Não é só fazer a rampa, mas também pintar, deixar caracterizado, para facilitar e para incluir todos. Não podemos excluir, temos que incluir”, explicou.

“A finalidade é esta, este é o desafio e nós estamos fazendo paulatinamente, para que todos tenham igualmente o acesso e possam se locomover de forma satisfatória pela cidade”, concluiu Correia.