A Prefeitura de Vitória da Conquista reconhece que é dever do poder público agir na garantia de direitos e na busca pela equidade social das mulheres. Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é papel de cada ente e de todo cidadão atravessar o campo das homenagens e refletir sobre as suas responsabilidades, coletivas e individuais, nessas mudanças tão necessárias.

Em Vitória da Conquista, diversas são as ações e serviços municipais voltados a atender às especificidades e emergências do público feminino. Por meio dessas frentes de ação, o Município integra a Rede de Proteção e Atenção à Mulher Vítima de Violência, juntamente com órgãos como a Polícia Militar, o Ministério Público Estadual, a Câmara Municipal de Vereadores e a sociedade civil.

Em um país onde uma mulher é vítima de violência doméstica a cada dois minutos, de acordo com o Fórum de Segurança Pública do Brasil, o trabalho do Centro de Referência da Mulher Albertina Vasconcelos (Crav) ganha destaque. O serviço oferece atendimento psicossocial e jurídico a mulheres em situação de violência, seja ela física, sexual, psicológica, dentre outras formas de agressão.

Com uma equipe multiprofissional que conta com advogados, psicólogos e assistentes sociais, o Crav realizou mais de seis mil atendimentos a mulheres vítimas de violência doméstica, nos últimos três anos. “No intuito de empoderar a mulher, para que ela rompa o ciclo de violência e aumente sua autoestima, e fazer com que ela resgate a sua cidadania”, explica a coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres, Dayana Andrade.

Com o Papo Ativo, a Coordenação de Políticas Públicas Para Mulheres promove encontros na comunidade para discutir e trocar vivências sobre temas diversos

Além disso, muito em breve, Vitória da Conquista também poderá garantir a preservação da identidade física e emocional de mulheres nessa situação, auxiliando-as a reorganizar sua vida fora do ambiente de violência. Isso será possível com a Casa Rosa (Unidade de Acolhimento à Mulher), que abrigará essas vítimas. A obra é uma parceria entre a Prefeitura e o Ministério das Cidades e já foi autorizada.

A saúde da mulher também é um assunto sério para o Município. “As mulheres adolescentes e jovens, por exemplo, participam de atividades de promoção de saúde sexual e reprodutiva e de prevenção das infecções sexualmente transmissíveis; e têm acesso ao exame preventivo como forma de rastrear o colo do útero. Como medida para rastrear o câncer de mama, é realizado exame clínico das mamas e, a partir dos 50 anos, a mamografia”, exemplifica Gislany Silveira, coordenadora da Área Técnica de Saúde da Mulher na Atenção Básica.

Vacina contra HPV, acolhimento a mulheres vítimas de violência, acompanhamento de pré-natal para mulheres grávidas, orientações sobre planejamento reprodutivo e assistência durante a menopausa também integram os serviços ofertados. “O público de mulheres é o público principal da Atenção Básica. As mulheres acessam as unidades seja para uma demanda sua, demanda da família, demanda dos filhos; mas é o principal público, e realmente faz parte da nossa agenda prioritária”, completa Gislany. Além disso, Vitória da Conquista conta com o Hospital Esaú Matos, referência no atendimento de gestantes no pré-natal, nascimento e pós-parto.

As ações não param por aí. As conquistenses também irão receber a Sala da Mulher Empreendedora, que vem para dar apoio ao público feminino na abertura do próprio negócio. “E o serviço dessa sala vai ser estender para além do micro empreendedorismo individual. Ela vai ter treinamento, capacitações, apoio, vivências; nós vamos dar toda essa assessoria à mulher empreendedora”, revela a gerente de Apoio à Indústria e Comércio, Gilza Marques.

Um dos objetivos do espaço, inclusive, é receber as vítimas de violência atendidas pelo Crav, para dar a elas a oportunidade de empreender por conta própria. Muitas vezes reféns da dependência financeira dos seus agressores, a promoção da autonomia dessas mulheres pode significar o rompimento do ciclo de violência em que estão submersas.

 

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