Iniciativa foi abraçada pela comunidade escolar, inclusive, pelo secretário Esmeraldino Correia, que prestigiou a culminância do projeto

Uma pessoa que não fala, outra que não anda e um autista. Esse foi o universo retratado pelo pequeno Isaque Gonçalves, 7 anos, aluno do 1º ano da Escola Municipal Lycia Pedral. Ele foi o vencedor do concurso de desenho promovido pela escola como parte do projeto “Sou a favor da pessoa com deficiência”, que mobilizou, ao longo do mês de setembro, cerca de mil alunos, funcionários e professores.

“Eu quis mostrar a felicidade de todos e que todos fazem parte de um mesmo lugar. Eu adorei ganhar”, comemorou Isaque, ao lado de sua mãe, a dona de casa, Cleidinéia Gonçalves. Para ela, é motivo de orgulho ver que ele põe em prática na escola o que ela ensina em casa sobre respeito, igualdade e inclusão. E o pequeno Isaque aprendeu tanto a ponto de vencer o concurso, mesmo concorrendo com crianças de até 16 anos. “É motivo de muita felicidade saber que o desenho do meu filho foi escolhido”, comemorou.

Cleidinéia comemora o engajamento do filho em prol da causa da pessoa com deficiência

A professora da sala de recursos multifuncionais da escola, Eva Duarte, explicou o objetivo da atividade, que envolveu também a exibição de filmes e mini palestras sobre o tema: mostrar que a pessoa com deficiência não deve ser tratada como alguém diferente, mas sim, como uma pessoa que requer atividades pedagógicas específicas. “Trabalhamos com os alunos todas as possibilidades que a pessoa com deficiência tem e que as necessidades delas devem ser respeitadas”, enfatizou a professora.

Como resultado dessa sensibilização, agora, o desenho de Isaque estampa o fardamento dos funcionários da Lycia Pedral. O segundo, terceiro, quarto e quinto colocados – esses três últimos, pessoas com deficiência – também receberão camisetas estampadas com os desenhos produzidos por eles.

Da esquerda para direita, os 4 primeiros colocados; em suas camisetas, os desenhos feitos por cada um

A Escola Municipal Lycia Pedral, localizada no Panorama, atende 48 alunos com deficiências diversas, como autismo, síndrome de Down, paralisia cerebral e deficiência intelectual.