Preocupada com o bem-estar, o desenvolvimento profissional e a otimização de resultados promissores no ambiente de trabalho, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), por meio do Serviço de Psicologia Organizacional e do Trabalho, oferece atendimento psicológico a jovens e adultos empregados e a micro e pequenos empreendedores de Vitória da Conquista. Além de atividades coletivas como oficinas, palestras e rodas de conversa, o serviço conta com atendimentos individuais para esses profissionais, como também para pessoas em situação de desemprego.

Uma das pessoas beneficiadas é o auxiliar de logística operacional Bruno Matos, que encontrou no serviço de psicologia oportunidade de escuta das suas demandas e ferramentas para lidar com situações do dia a dia. “Ao longo das consultas, percebi mudanças significativas em minha forma de pensar e agir. A clareza emocional trazida pelas conversas com Jamília (psicóloga do serviço) foi essencial na identificação de padrões negativos em meu comportamento. Cada sessão não é apenas um momento terapêutico, mas também uma oportunidade valiosa para aprender mais sobre mim mesmo e crescer continuamente”, comentou.

Quem também conheceu o Serviço de Psicologia Organizacional e do Trabalho da SMDE foi a Assistente Social, Elba Santana. Para ela, a participação nas atividades oferecidas de 2019 a 2020 foram positivas. “A experiência foi muito gratificante e contribuiu bastante para meu crescimento, profissional e pessoal”, disse ao recordar as conquistas dos últimos anos.

Segundo a psicóloga e técnica responsável pelo serviço, Jamília Brito, além do atendimento individual, são oferecidas outras atividades como palestras, cursos, oficinas e encontros nos grupos terapêuticos para trabalhadores da indústria e do comércio, profissionais de outras áreas, microempreendedores e pessoas em idade de trabalho, mas que estão desempregadas. “A gente tem vivência terapêutica para trabalhar, tem atividades diversificadas que focam no desenvolvimento pessoal e profissional e cursos de qualificação profissional para auxiliar esses profissionais a se inserirem no mercado de trabalho ou desenvolverem o próprio negócio”, explicou.

Jamília Brito

Esse foi o caso da microempreendedora Letícia (nome fictício). Desempregada, Letícia tomou conhecimento de uma atividade através das redes sociais. Se interessou na temática abordada, fez a inscrição e matriculou o filho na creche. “As sessões para me encorajar a empreender me ajudaram muito e me mostraram que a maternidade não precisa ser um fardo para quem quer trabalhar mesmo sem rede de apoio. As sessões me ajudaram a encontrar uma forma de escolher o que eu queria e que podia fazer, mesmo com um filho”.

Hoje, Letícia que pegou R$ 200,00 emprestados para comprar as primeiras peças de roupas íntimas para revender, tem uma microempresa nos ramos de moda feminina e cosméticos e também realizou outros sonhos pessoais. “A psicóloga me mostrou que com meditação e encarando meus traumas e medos, conseguiria destravar. Um desses medos era andar de bicicleta e hoje consegui e eu estou adorando”, comemorou.

Orientação profissional para jovens

Outro projeto desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, por meio do Serviço de Psicologia Organizacional e do Trabalho e da Coordenação Municipal da Juventude é o Projeto Rumos – Orientação Profissional e Desenvolvimento de Carreiras – que em 2025 completará 12 anos. O projeto, que auxiliou cerca de 1400 jovens entre 15 e 29 anos na decisão de que carreira seguir, promove iniciativas com o objetivo de facilitar a escolha profissional, por meio de atividades de autoconhecimento e oferta de suporte para escolha das possibilidades ocupacionais com mais segurança.

Isso ocorreu com Luanna Cecília Lima, participante do projeto em 2022. “Foi uma ótima experiência, que levo comigo até hoje e que me ajuda demais em todos os aspectos da minha vida”, declarou a estudante de Ciências Biológicas da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Luanna Cecília

A estudante Joceane Ferreira, que à época trabalhava como técnica em Segurança do Trabalho, também passou por mudanças significativas a partir da participação no projeto Rumos. “Aprendi a me conhecer melhor, a perceber o que precisava melhorar e quais os caminhos que precisava percorrer para alcançar meus objetivos. Hoje estou iniciando minha jornada profissional como psicóloga e o projeto Rumos foi um dos incentivos para que eu chegasse aqui”, ressaltou.

Joceane Ferreira

Outra experiência marcante com o projeto é a do conferente de mercadorias, Luiz Carlos Santos. Para ele, as contribuições do Rumos foram além das conquistas profissionais. “O projeto contribuiu para desenvolver a capacidade de saber lidar comigo mesmo e com outras pessoas não somente no ambiente de trabalho mas também nos demais vínculos sociais. Aprendi a ouvir a opinião do outro, a respeitar as divergências de opiniões e a procurar equilíbrio nas decisões”, analisou.

Segundo a psicóloga Jamília, a expectativa para esse ano é ampliar as ações tanto para jovens que vivem nos loteamentos e bairros da zona urbana, quanto nos distritos e povoados rurais, inclusive nas comunidades quilombolas.