“Amamentar, para mim, é como dar o melhor para o meu filho”, contou Vivi

No mês de incentivo ao aleitamento materno, conheça a história da bancária Vivi Sobrinho, que encontrou, no Banco de Leite do Esaú, todo apoio necessário para amamentar seu filho

Ela sempre sonhou em ser mãe e, ao engravidar de Tito, aos 29 anos, a bancária Vivi Sobrinho pesquisou muito para ter o tão desejado parto natural. E conseguiu. Mas, durante esse período de espera pela chegada do primeiro filho, Vivi não se preparou da mesma forma para a amamentação. “Quando você sonha em ser mãe, você pensa que vai amamentar e pronto! E eu pensava: se eu tiver alguma dificuldade, vou ao Banco de Leite”, conta.

Foi justamente o que aconteceu. Por uma orientação equivocada de uma profissional no hospital em que deu à luz, ao chegar em casa, Tito não mamava. “Passamos a ter dificuldade com a ‘pega’. Por mais que ele tivesse nascido com um bom reflexo de sucção, de busca, não tinha jeito de Tito mamar. Passamos a madrugada em claro, e ao mandar uma mensagem no grupo de mães, veio a lembrança de ir ao Banco de Leite. No dia seguinte, ainda muito aflita, foi a primeira coisa que fizemos”, lembra.

Com a tranquilidade de quem já atendeu a tantas mães em situações semelhantes à da bancária, a técnica de enfermagem do Banco de Leite do Esaú Matos, Ariana, acolheu mãe e filho. “Ela me levou para a sala de amamentação, pegou Tito no colo, foi conversando comigo, me acalmando, me acalentando, deu dicas práticas de como usar o ‘leitinho’ no meu seio, que estava fissurado”, recorda. Ao final daquela manhã, Tito estava mamando novamente, e Vivi, segura do que deveria fazer dali em diante.

Ao lado de Ariana, Vivi era só alegria ao ver Tito mamando novamente (Foto: Arquivo Pessoal)

“Ter ido ao Banco de Leite, levando Tito com quatro dias de vida, foi um marco para mim, porque as palavras que ouvi lá geraram segurança e empoderamento. Naquele momento, senti o poder que o meu corpo tinha de produzir o alimento perfeito para o meu filho”, enfatizou Vivi, que, a partir de então, começou a aprender mais sobre os mitos, tabus e verdades que envolvem o universo da amamentação.

“Se você não tem acesso à informação correta, não sabe os benefícios de amamentar, você cai na conversa dos profissionais que, precocemente, receitam fórmulas e incentivam a introdução alimentar, que dizem que a amamentação é só até os seis meses de idade, e não exclusiva até este período”, realçou. Vivi sabe bem a importância deste último aspecto. Ela e a irmã mamaram exclusivamente até os seis meses e seguiram sendo amamentadas até os dois anos de idade.

“Sou muito grata ao trabalho que o Banco de Leite faz. É esplêndido você dedicar o seu dia fazendo um trabalho que é transformador e atinge muitas mulheres. Sei que muitas passam pelo Banco de Leite, e nem todas, por vários motivos, vão conseguir vencer a batalha que é amamentar. Mas, acho que se uma mãe consegue, o trabalho que as meninas fazem já é gratificante, é louvável. E tudo isso de graça”, reforçou.

Hoje, o “leitinho” que alimenta Tito também beneficia bebês internados na UTI do Esaú (Foto: Arquivo Pessoal)

Mamãe superpoderosa – Aos poucos, as dificuldades iniciais no “AMAmentar”, como diz Vivi, foram ficando para trás, as mamadas sendo reguladas, e o vínculo de amor entre mãe e filho, fortalecido e ampliado dia após dia. “Amamentar, para mim, é como dar o melhor para o meu filho. É algo extraordinário você pensar que Deus deu para mulher grandes poderes: o de gerar, parir e produzir um alimento completo para o seu filho, um alimento que tem até efeito analgésico para ele”.

Hoje, aos três meses de vida recém-completados, Tito transborda saúde, esperteza e fofura, e Vivi é só gratidão. Tanto é assim que ela se tornou doadora do Banco de Leite do Esaú. “Leite materno não se compra no supermercado, não tem fórmula. Então, se eu tenho acesso a tantas informações, sei da importância e o valor que existe no leite materno e a possibilidade de doar, não podia ser diferente. Estou fazendo isso por amor, tanto a meu filho, quanto ao filho de outras mulheres”.

Agosto Dourado – Para discutir e incentivar o aleitamento materno é que, ao longo deste mês, o Banco de Leite do Esaú Matos, em parceria com a Prefeitura e várias instituições da cidade, promovem o “Agosto Dourado”. Com o tema “Amamentação é a base da vida”, a programação conta com oficinas, treinamento para profissionais e a Hora do Mamaço. Confira: