Desenvolvimento Econômico
Postado em 23 de setembro de 2013 as 11:50:32
A exposição das mulheres na mídia é um tema tratado com frequência nos espaços universitários, particularmente nas escolas de Comunicação. Mas com o objetivo de trazer esta questão para mais perto da comunidade, o coletivo cultural jovem O Rebucetê promoveu na tarde desse domingo, 22, a Roda de Conversa Mídia e Mulher. O debate foi realizado na Praça da Juventude, no quiosque próximo ao lago artificial, e contou com a presença da professora do curso de Comunicação Social da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Carmen Carvalho, da representante da Marcha Mundial de Mulheres e estudante da área, Tâmara Terso, e da militante do Movimento Hip Hop e integrante do Grupo Elo, Vanessa Lopes.
A professora Carmen, que é do Rio Grande do Sul e já morou em Roraima e na Espanha, relatou sua experiência e situações observadas ao longo desse percurso no que diz respeito à mercantilização e à padronização da mulher. “Foi muito bom trazer essa discussão para a praça, a fim de que se reflita sobre o papel da mulher, e ouvir as pessoas que já estão no movimento social e têm uma história de estudo sobre o que está acontecendo no Brasil com a mulher. Espaços públicos como este servem para reflexão”, declarou a estudiosa.
Já a estudante Tâmara Terso explicou o objetivo da Marcha Mundial de Mulheres e das lutas feministas: conquistar a igualdade de direitos entre homens e mulheres, isto é, garantir a participação da mulher na sociedade de forma equivalente à dos homens. Isso, segundo ela, só acontecerá a partir do empoderamento da mulher.
“Precisamos disputar os espaços de comunicação para acabar com o machismo na sociedade”, declarou. Tâmara ressaltou também que é importante a aprovação do novo Marco Regulatório das Comunicações no Brasil. “Este é o primeiro debate, e espero que não seja o único, que possamos lançar aqui o nosso projeto de lei pelo Marco Regulatório em breve e que constituamos outros mecanismos de disputa de comunicação, porque sabemos que a comunicação é um instrumento importante de produção e de difusão de conhecimento, e ela deve estar a serviço do povo, que é a mulher, o jovem negro e a população que mais precisa”, salientou a jovem.
Para a outra jovem, militante do hip hop, a discussão também foi importante: “Como eu sou mulher e estou no movimento que é composto na sua maioria por homens, é importante que eu participe desse espaço de discussões sobrea mulher, para que eu possa desenvolver também um trabalho melhor dentro do espaço em que eu estou inserida”, relatou Vanessa.
A professora universitária, Luciana Nery, acompanhou o debate ao lado de seus dois filhos e aprovou a ideia de se debater o assunto: “A questão da mulher tem que ser discutida mesmo. Odiálogofoi bastante profícuo. Cada uma colocou sua forma e as dificuldades de ser mulher na sociedade, formas diferentes do feminismo, mas todas muito inteligentes. Gostei muito, e os meninos precisam estar aqui, estar ouvindo, e a juventude precisa discutir isso. O espaço é maravilhoso, adorei”.