Atividades encerraram a programação de três dias, que embalou a entrega oficial do programa à comunidade

Onde mais seria possível reunir, na mesma noite, uma banda de forró pé de serra, outra de reggae, um grupo de arte circense e ainda outro de rap? Como se não bastasse a variedade de estilos e modalidades artísticas, a programação incluiu ainda um sarau literário, ao som de voz e violão, exposições e a entrega de uma minibiblioteca. Todo esse inusitado conjunto foi bem apropriado para o propósito de marcar o terceiro e último dia da programação que embalou a entrega oficial do programa Estação Juventude à comunidade.

Afinal, o principal objetivo desse programa não é outro senão concentrar, no seu espaço, o máximo possível de representantes dos segmentos que compõem a juventude local. A heterogeneidade da programação cultural é diretamente proporcional à que caracteriza o público para o qual o programa volta suas intenções: pessoas com idade entre 15 e 29 anos, sobretudo as que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

“Isso faz com que cada vez mais a juventude participe e se identifique com esse espaço, que tem cultura, lazer, acesso à informação e à política e é, acima de tudo, um espaço de encontro”, definiu o coordenador municipal de Juventude, Rudival Maturano.

Em nome dessa lógica de “encontro”, a programação musical da noite trouxe pequenos shows do grupo de forró da Pastoral Carcerária, do conjunto de rap Bonde do Rebento e da banda de reggae Complexo Ragga, além do grupo circense ligado à Organização Não Governamental (ONG) Oxente. Trata-se de uma trupe de artistas do bairro Bruno Bacelar, na ativa há cerca de cinco anos, que dedica-se à realização de ações sociais e à pregação religiosa, e já chegaram a se apresentar no exterior.

Pesquisa e fruição’– A minibiblioteca, entregue na mesma noite, é a mais recente iniciativa da equipe do Estação Juventude. O acervo inicial envolve obras de áreas como cultura, política, economia, sociologia, religião, filosofia, enfim. Mas também edições de revistas semanais de grande circulação e livros de ficção. “Temos um acervo muito bom para servir como material de pesquisa, mas também para o prazer e a fruição, como textos de literatura, poesia e romances”, descreveu Hélder Rocha, um dos integrantes da equipe do Estação Juventude.

‘Compartilhada e incrementada’– O espaço se mantém aberto, principalmente, ao público que se configura como o alvo do programa. Um sistema eletrônico mantém atualizados os dados das obras e dos jovens cadastrados. Eles podem tomar até dois livros por empréstimo, por um período de dez dias, renovável. E, segundo Rudival, há na equipe a disposição para que o atual acervo se amplie. “É uma biblioteca constante. Vai estar aberta ao público e também tendo a oportunidade de estar cada vez mais compartilhada e incrementada, com doações de outros lugares e instituições que queiram ampliar esse acervo”, disse o coordenador municipal de Juventude.

Doações– As pessoas que tiverem livros e quiserem contribuir com o aumento do acervo da minibiblioteca do Estação Juventude podem se dirigir à sede do programa, localizada na Avenida Bartolomeu de Gusmão, nº 744, bairro Jurema. Para mais informações, acesse a página do Estação Juventude no Facebook, por meio do link: http://www.facebook.com/juventude.vca