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Postado em 20 de agosto de 2014 as 15:34:25
Com o objetivo de discutir as ações de controle da hanseníase na Atenção Primária, o Projeto Integrahans, desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Vitória da Conquista, realizou, na última semana, oficinas sobre vigilância e desenvolvimento de ações no território para o controle da hanseníase. A atividade foi promovida na Universidade Federal da Bahia (Ufba) e contou com a participação de agentes comunitários de saúde.
Coordenado pela professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jaqueline Caracas, e pelo professor Marcus Túlio Raposo, a oficina contou com a presença de agentes das Unidades de Saúde da Família Nestor Guimarães e Bruno Bacelar. Na ocasião, foram abordados temas como prevenção, tratamento, educação em saúde, preconceito e estigma causado pela hanseníase. “Durante os três dias, nós buscamos trabalhar com a metodologia do educador Paulo Freire para construir, juntos, o conhecimento que será levado por meio deles para a comunidade”, informou Jaqueline Caracas.
O objetivo do Integrahans é envolver, durante as oficinas, 100% dos agentes comunitários de saúde de Vitória da Conquista a fim de instrumentalizá-los no desenvolvimento de ações de controle da hanseníase. Para a agente da Unidade de Saúde da Família Nestor Guimarães, Elaine Lima, a atividade é uma oportunidade para revisar os conhecimentos e se informar mais sobre a hanseníase. “O curso foi ótimo, porque nos trouxe mais segurança para identificação das manchas características da doença”, avaliou.
Também na última semana, foi realizada a I Oficina Ações de Controle da Hanseníase, com ênfase no cenário da Atenção Primária, para os profissionais que atuam na Vigilância dos municípios do sudoeste baiano e no programa que convoca médicos para atuarem em unidades básicas brasileiras. No encontro, foram discutidas questões referentes à organização das redes de atenção para o controle da hanseníase. Também foram abordados diversos aspectos sobre a doença, vigilância e incapacidades físicas que podem ser ocasionadas. O evento contou com a participação de 151 profissionais.
A médica Magaly Perez Lopez avaliou a oficina positivamente. “Este momento foi muito bom para expandirmos nossos conhecimentos sobre a doença e, assim, podermos identificar casos iniciais de hanseníase e evitar, com isso, eventuais sequelas como a perda dos movimentos dos membros superiores e inferiores”, declarou.
Saiba mais- O Projeto Integrahans é coordenado pela Universidade Federal do Ceará e conta com parceiros dos estados da Bahia, Rondônia e Tocantins, além de parceiros internacionais (Espanha, Alemanha, França, Holanda e Suíça). A inciativa tem por objetivo geral caracterizar os aspectos operacionais, epidemiológicos, clínicos e psicossociais que influenciam a atenção à saúde para o controle da hanseníase. Na Bahia, foram escolhidos para campo de pesquisa Vitória da Conquista e Tremedal.